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ONU entra na Síria para investigar uso de armas químicas

Ban Ki-moon, anunciou na quarta-feira passada um acordo com o governo sírio para que uma missão independente averigue três possíveis casos de armas químicas


	Foças leais ao presidente Bashar al-Assad são vistos no bairro de Khaldia, em Homs, na Síria: tanto o regime de Damasco como os rebeldes sírios se acusaram de usar armas químicas
 (SANA/Divulgação via Reuters)

Foças leais ao presidente Bashar al-Assad são vistos no bairro de Khaldia, em Homs, na Síria: tanto o regime de Damasco como os rebeldes sírios se acusaram de usar armas químicas (SANA/Divulgação via Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2013 às 10h50.

Damasco - A missão da ONU encarregada de investigar o uso de armas químicas na Síria entrou neste domingo finalmente no país após ter atrasado várias vezes sua visita por problemas logísticos, informou à Agência Efe uma fonte das Nações Unidas.

A equipe cruzou a fronteira com o Líbano e chegou a um hotel da capital síria antes de começar suas investigações em campo, segundo a fonte.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, anunciou na quarta-feira passada um acordo com o governo sírio para que uma missão independente averigue três possíveis casos de armas químicas.

A equipe de Ake Sellström, antigo inspetor de armas químicas no Iraque para a ONU, estava pronta desde abril para entrar na Síria, mas não pôde fazê-lo por desacordos entre a organização internacional e o governo sírio.

Para resolver a situação, Sellström e a alta representante para Assuntos de Desarmamento da ONU, Angela Kane, visitaram Damasco em 24 de julho para analisar com as autoridades sírias os detalhes do desdobramento da missão.

Os especialistas procedem da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Tanto o regime de Damasco como os rebeldes sírios se acusaram de usar armas químicas.

Um dos lugares aos quais os investigadores irão será a cidade de Khan al Asal, na província de Aleppo, no norte do país e onde, segundo o regime, 26 pessoas morreram em março em um suposto ataque rebelde com substâncias químicas.

A Síria é um dos sete países que não assinaram o Convenção sobre Armas Químicas de 1997.

Desde que começou a guerra civil no país árabe, em março de 2011, mais de 100.000 pessoas morreram e quase 7 milhões precisam de ajuda humanitária de emergência, segundo os mais recentes números das Nações Unidas. EFE

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