ONU diz que anexação à Rússia criou problemas para Crimeia
Moradores têm problemas em questões como nacionalidade, acesso a tratamentos médicos e no funcionamento de meios de comunicação
Da Redação
Publicado em 16 de maio de 2014 às 08h20.
Genebra - A ONU disse nesta sexta-feira que a anexação da Crimeia por parte da Rússia e a imposição da legislação deste país na península está criando graves problemas para seus moradores, em questões como a nacionalidade, o acesso a tratamentos médicos e no funcionamento de meios de comunicação, entre outros.
Os residentes na Crimeia, de nacionalidade ucraniana ou com outro status, deviam pedir para ser reconhecidos como russos até o último dia 18 de abril e os que não cumpriram este prazo "enfrentam assédio e intimidação", segundo o relatório de uma missão especial de observadores de direitos humanos enviada pela ONU à Ucrânia.
Para aqueles que não solicitaram ser russos, a organização pede a garantia de seu direito à propriedade e sobre a terra, o acesso à educação e à saúde, e a manutenção dos benefícios sociais que normalmente se associam à nacionalidade.
O período de transição decretado para Crimeia concluirá em janeiro do ano que vem e os que não tenham adotado nesse momento a nacionalidade russa terão que pedir uma permissão de residência ou arriscar-se a ser deportados.
A minoria tártara na Crimeia enfrenta situações muito tensas pelas restrições que estão sofrendo em sua liberdade de movimento, casos de violência física e o medo da perseguição religiosa particularmente entre os que praticam o islã, denuncia a missão da ONU, cujo relatório cobre o período entre 2 de abril e 6 de maio.
A esse respeito, as Nações Unidas mencionam uma "crescente pressão" sobre a comunidade muçulmana e expõe o caso concreto do grupo político islâmico Hizb ut-Tahrir, que foi proibido em aplicação da lei russa.
Esse agrupamento tinha mais de uma década de atividades no âmbito da educação e da política.
"A maioria de seus membros fugiram da Crimeia devido ao medo da perseguição por parte da Rússia, baseando-se em acusações de terrorismo", um medo que compartilham os tártaros que professam o islã e que temem ser considerados membros desse agrupamento, destacam os observadores.
A ONU também corrobora que mais de 7.200 pessoas que viviam na Crimeia - tártaros, a maioria - se transformaram em deslocados internos em outras regiões da Ucrânia, mas, como não existe um registro oficial para eles, teme-se que este número seja maior.
O trabalho dos meios de comunicação na Crimeia também enfrenta momentos muito complicados, pois, desde a anexação, todas as empresas jornalísticas precisaram registrar-se, enquanto os sinais de televisão assim como de rádio da Ucrânia foram desligados para não serem captados.
Genebra - A ONU disse nesta sexta-feira que a anexação da Crimeia por parte da Rússia e a imposição da legislação deste país na península está criando graves problemas para seus moradores, em questões como a nacionalidade, o acesso a tratamentos médicos e no funcionamento de meios de comunicação, entre outros.
Os residentes na Crimeia, de nacionalidade ucraniana ou com outro status, deviam pedir para ser reconhecidos como russos até o último dia 18 de abril e os que não cumpriram este prazo "enfrentam assédio e intimidação", segundo o relatório de uma missão especial de observadores de direitos humanos enviada pela ONU à Ucrânia.
Para aqueles que não solicitaram ser russos, a organização pede a garantia de seu direito à propriedade e sobre a terra, o acesso à educação e à saúde, e a manutenção dos benefícios sociais que normalmente se associam à nacionalidade.
O período de transição decretado para Crimeia concluirá em janeiro do ano que vem e os que não tenham adotado nesse momento a nacionalidade russa terão que pedir uma permissão de residência ou arriscar-se a ser deportados.
A minoria tártara na Crimeia enfrenta situações muito tensas pelas restrições que estão sofrendo em sua liberdade de movimento, casos de violência física e o medo da perseguição religiosa particularmente entre os que praticam o islã, denuncia a missão da ONU, cujo relatório cobre o período entre 2 de abril e 6 de maio.
A esse respeito, as Nações Unidas mencionam uma "crescente pressão" sobre a comunidade muçulmana e expõe o caso concreto do grupo político islâmico Hizb ut-Tahrir, que foi proibido em aplicação da lei russa.
Esse agrupamento tinha mais de uma década de atividades no âmbito da educação e da política.
"A maioria de seus membros fugiram da Crimeia devido ao medo da perseguição por parte da Rússia, baseando-se em acusações de terrorismo", um medo que compartilham os tártaros que professam o islã e que temem ser considerados membros desse agrupamento, destacam os observadores.
A ONU também corrobora que mais de 7.200 pessoas que viviam na Crimeia - tártaros, a maioria - se transformaram em deslocados internos em outras regiões da Ucrânia, mas, como não existe um registro oficial para eles, teme-se que este número seja maior.
O trabalho dos meios de comunicação na Crimeia também enfrenta momentos muito complicados, pois, desde a anexação, todas as empresas jornalísticas precisaram registrar-se, enquanto os sinais de televisão assim como de rádio da Ucrânia foram desligados para não serem captados.