Mundo

ONU diz estar pronta para ajudar após acordo sobre Homs

Organização acolheu bem os relatos de que foi firmado um acordo para a remoção de civis da sitiada cidade síria


	Edifícios danificados em uma rua de Homs, na Síria
 (Yazan Homsy/Reuters)

Edifícios danificados em uma rua de Homs, na Síria (Yazan Homsy/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2014 às 17h29.

Beirute/Nações Unidas - A Organização das Nações Unidas acolheu bem os relatos de que foi firmado um acordo para a remoção de civis da sitiada cidade síria de Homs e para a entrega de ajuda à sua população, disse um porta-voz da entidade.

A ONU deixou claro que não participou das negociações do acordo e, embora esteja pronta para ajudar, ainda não recebeu a liberação por parte do governo e da oposição na guerra civil da Síria para pôr em prática o que foi definido no trato.

"As Nações Unidas e seus parceiros no âmbito humanitário já deixaram preparados, nos arredores de Homs, alimentos, suprimentos médicos e outros itens básicos para entrega imediata tão logo seja dado o sinal verde por ambas as partes, permitindo uma passagem segura", afirmou o porta-voz da ONU, Farhan Haq, em um comunicado.

Anteriormente, a Síria informou ter chegado a um acordo para permitir que civis "inocentes" deixem o centro velho da cidade de Homs, que está sob controle dos rebeldes, no que seria o primeiro resultado positivo depois de um impasse nas conversações de paz na Suíça, na semana passada.

O governo fez essa declaração horas depois de os rebeldes anunciarem uma nova ofensiva na província de Aleppo, no norte, em resposta a uma escalada nos ataques aéreos das forças do governo que tentam retomar o controle do território e retirar moradores de áreas sob domínio da oposição.

As forças do presidente da Síria, Bashar al-Assad, têm recorrido à tática de sitiar os rebeldes que controlam áreas estratégicas para deixá-los sem alimentos, uma técnica que os insurgentes também estão adotando cada vez mais.

O sítio imposto à cidade velha de Homs já se estende por mais de um ano e ativistas dizem que 2.500 pessoas estão impossibilitadas de sair da área, enfrentando a fome e a desnutrição. Elas representam somente uma pequena fração dos sírios em áreas sob cerco espalhadas pelo país, também precisando desesperadamente de ajuda.

"O acordo permitirá que civis inocentes nos bairros cercados da Velha Homs - entre os quais mulheres e crianças, feridos e idosos - tenham uma oportunidade para partir assim que forem adotados os procedimentos necessários, além de lhes oferecer ajuda humanitária", disse um comunicado do Ministério de Relações Exteriores da Síria, citado na TV síria.

"Isso vai também permitir a entrada de ajuda para civis que preferirem ficar dentro da velha cidade." Delegados de ambos os lados do conflito da Síria se encontraram cara a cara pela primeira vez na conferência de paz "Genebra 2", na semana passada, mas foram incapazes de chegar a um acordo sobre algum item - nem mesmo um acordo humanitário para Homs, que os diplomatas esperavam que seria um primeiro passo relativamente fácil.

Uma segunda rodada de negociações está marcada para a próxima semana.

Acompanhe tudo sobre:GuerrasONUSíria

Mais de Mundo

Putin recebe 8 prisioneiros russos libertados em troca com o Ocidente

CNE venezuelano suspendeu auditorias que confirmariam se resultados correspondem aos votos

Brasil enviará diplomatas a Caracas, para reforçar suas embaixadas, da Argentina e do Peru

Eleições EUA: faltam 3 meses para os americanos irem às urnas. E a tensão só aumenta

Mais na Exame