ONU denuncia que Venezuela segue violando direito à manifestação
O organismo da ONU para os Direitos Humanos expressou a sua preocupação com as formas violentas adotadas para dispersar os protestos no país
EFE
Publicado em 31 de julho de 2017 às 11h44.
Última atualização em 31 de julho de 2017 às 11h46.
Genebra - O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos denunciou a Venezuela nesta segunda-feira por "continuar violando" o direito à liberdade de reunião e por dispersar de forma "violenta" as manifestações.
Em uma nota enviada à Agência Efe, o organismo da ONU expressou a sua preocupação pelo fato de "as autoridades venezuelanas continuarem violando o direito de reunião pacífica ao dispersar de forma violenta as manifestações".
O Escritório do Alto Comissariado da ONU instou as autoridades venezuelanas "a cessar o uso excessivo da força para reprimir manifestações", e reiterou a necessidade de que se respeite o princípio da liberdade de reunião pacífica.
Além disso, pediu a todas as partes que não façam uso da violência para expressar suas opiniões e posicionamentos políticos.
A Venezuela realizou ontem eleições para escolher a Assembleia Constituinte que modificará a Carta Magna de 1999 e que contaram com a rejeição da oposição, que decidiu não apresentar-se por considerá-las fraudulentas.
Neste contexto, durante o final de semana aconteceram novos graves distúrbios que se saldaram com a morte de uma dezena de pessoas.
O Escritório do Alto Comissariado "lamentou" a morte destas pessoas e pediu às autoridades que as investiguem de forma independente.