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ONU defende exclusão de países que cometem atos atrozes do CDH

O alto comissariado da ONU para os Direitos Humanos falou sobre a "consistência ou falta de consistência" dos países em relação aos direitos humanos

Zeid Ra'ad Al Hussein: segundo ele, alguns governos são contraditórios (Denis Balibouse/Reuters)
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EFE

Publicado em 11 de setembro de 2017 às 09h58.

Genebra - O alto comissariado da ONU para os Direitos Humanos, o jordaniano Zeid Ra'ad al Hussein, pediu nesta segunda-feira que seja considerada a necessidade de excluir do Conselho de Direitos Humanos os Estados que cometem as violações "mais atrozes" das liberdades fundamentais.

"Encorajo o presidente (o salvadorenho Joaquín Alexander Maza Martelli) e os países-membros a desenvolver uma voz mais forte, mais unida em assuntos internacionais, em nome dos direitos humanos", apontou em seu discurso de abertura da 36ª sessão do Conselho de Direitos Humanos (CDH).

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"Também sugiro que seja considerada a necessidade de excluir deste órgão os Estados envolvidos nas violações mais atrozes de direitos humanos", disse o diplomata jordaniano.

Zeid falou sobre a "consistência ou falta de consistência" dos países quando se fala dos compromissos relacionados com os direitos humanos.

"Alguns governos são contraditórios. Defendem os direitos humanos em outros lugares do mundo para projetar si mesmos como atores globais, enquanto em casa negam abertamente as liberdades aos seus próprios cidadãos? Não reconhecem esta hipocrisia?", questionou o alto comissariado.

Zeid também perguntou se os governos que "intimidam, acossam e fazem represálias" contra os defensores dos direitos humanos e ONGs que trabalham com os mecanismos da ONU não se dão conta de que esta política "só confirma" quanta opressão e injustiça exercem em seus próprios países.

Em linha às críticas expressadas pelos EUA ao funcionamento do Conselho de Direitos Humanos, o alto comissariado também questionou se estes países não se envergonham ao apontar só alguns dos Estados que violam as liberdades fundamentais enquanto "ignoram outros".

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