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ONG aumenta para 33 o número de presos mortos na Venezuela

Organização elevou número de internos mortos após consumo indevido de remédios em prisão do oeste venezuelano

Oficiais da Guarda Nacional diante da penitenciária de Uribana, Venezuela (ANGEL ZAMBRANO/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2014 às 10h06.

Caracas - A ONG Observatório Venezuelano de Prisões (OVP) elevou nesta quinta-feira para 33 o número de internos mortos após o consumo indevido de remédios e para 135 os intoxicados em uma prisão do oeste do país, números que diferem das 13 mortes e 145 intoxicados confirmados ontem pelo governo venezuelano.

"Estamos falando de 33 pessoas (mortas) neste problema da prisão de Uribana", confirmou para a Agência Efe por telefone o diretor do OVP, Humberto Prado.

O motivo pelo qual os presos tomaram tal atitude, segundo o Ministério de Serviços Penitenciários, tem a ver com um protesto iniciado por um grupo na segunda-feira passada, que decidiu fazer greve de fome para pedir a saída do diretor da prisão de Uribana.

Os internos tomaram o controle de algumas áreas da prisão, entre elas o posto de saúde. Segundo o Ministério, "alguns detentos conseguiram entrar no posto de saúde e invadiram a área de enfermaria. Depois ingeriram múltiplos remédios tais como: antibióticos, anti-hipertensivos, hipoglicemiantes, antiepilépticos, álcool absoluto, entre outros".

O OVP confirmou na manhã de hoje a morte de 26 detentos no Hospital Central de Lara, estado no oeste do país, além de outros dois que morreram na Penitenciária Geral da Venezuela (PGV) no estado de Guárico e outros cinco que foram levados à prisão de Tocorón, no estado de Aragua.

Para Prado, o episódio de intoxicação "foi motivado pelas próprias autoridades", já que "foram apresentadas denúncias por maus tratos, tortura, privação de alimentação e atendimento médico", o que, segundo o diretor do OVP, "obrigou" os presos a fazer greve de fome.

Em 2012, o governo da Venezuela decretou emergência "em matéria de infraestrutura carcerária" para a recuperação e construção de novas prisões, depois que 304 presos morreram e 527 ficaram feridos nas carceragens no primeiro trimestre daquele ano.

Desde então, o governo aplicou medidas disciplinares rígidas para acabar com a violência e erradicar as gangues de detentos.

No entanto, o OVP denunciou em agosto deste ano que 150 presos morreram e 110 ficaram feridos no primeiro semestre e afirmou que "os graves problemas nas prisões continuam sem solução" e que o governo quer reverter a situação com "um regime militar". Segundo essa ONG, 506 presos morreram nas prisões da Venezuela em 2013.

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Caracas - A ONG Observatório Venezuelano de Prisões (OVP) elevou nesta quinta-feira para 33 o número de internos mortos após o consumo indevido de remédios e para 135 os intoxicados em uma prisão do oeste do país, números que diferem das 13 mortes e 145 intoxicados confirmados ontem pelo governo venezuelano.

"Estamos falando de 33 pessoas (mortas) neste problema da prisão de Uribana", confirmou para a Agência Efe por telefone o diretor do OVP, Humberto Prado.

O motivo pelo qual os presos tomaram tal atitude, segundo o Ministério de Serviços Penitenciários, tem a ver com um protesto iniciado por um grupo na segunda-feira passada, que decidiu fazer greve de fome para pedir a saída do diretor da prisão de Uribana.

Os internos tomaram o controle de algumas áreas da prisão, entre elas o posto de saúde. Segundo o Ministério, "alguns detentos conseguiram entrar no posto de saúde e invadiram a área de enfermaria. Depois ingeriram múltiplos remédios tais como: antibióticos, anti-hipertensivos, hipoglicemiantes, antiepilépticos, álcool absoluto, entre outros".

O OVP confirmou na manhã de hoje a morte de 26 detentos no Hospital Central de Lara, estado no oeste do país, além de outros dois que morreram na Penitenciária Geral da Venezuela (PGV) no estado de Guárico e outros cinco que foram levados à prisão de Tocorón, no estado de Aragua.

Para Prado, o episódio de intoxicação "foi motivado pelas próprias autoridades", já que "foram apresentadas denúncias por maus tratos, tortura, privação de alimentação e atendimento médico", o que, segundo o diretor do OVP, "obrigou" os presos a fazer greve de fome.

Em 2012, o governo da Venezuela decretou emergência "em matéria de infraestrutura carcerária" para a recuperação e construção de novas prisões, depois que 304 presos morreram e 527 ficaram feridos nas carceragens no primeiro trimestre daquele ano.

Desde então, o governo aplicou medidas disciplinares rígidas para acabar com a violência e erradicar as gangues de detentos.

No entanto, o OVP denunciou em agosto deste ano que 150 presos morreram e 110 ficaram feridos no primeiro semestre e afirmou que "os graves problemas nas prisões continuam sem solução" e que o governo quer reverter a situação com "um regime militar". Segundo essa ONG, 506 presos morreram nas prisões da Venezuela em 2013.

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