Mundo

OCDE pede cautela na política de juros do Japão

País deveria se preocupar, primeiro, em gerar superávit fiscal primário

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h38.

O Banco do Japão - instituição semelhante ao Banco Central brasileiro - não deveria correr para aumentar a taxa básica de juros, enquanto o governo ainda tenta controlar o déficit fiscal e a economia segue ameaçada de novas deflações. O alerta é da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne os países mais ricos do mundo.

Em estudo sobre o Japão, divulgado nesta quinta-feira (20/7), a OCDE afirma que o país precisa priorizar o controle dos gastos públicos. Para a organização, a melhor contribuição do Banco do Japão, neste momento, é manter uma política monetária relativamente frouxa. "A prioridade é obter um superávit primário e frear a expansão do déficit público", afirmou o secretário-geral da OCDE, Angel Gurria, ao jornal britânico Financial Times.

O documento também reitera uma recomendação feita em maio ao país - a de elevar a banda de inflação perseguida pela política monetária. Atualmente, essa banda é de 0% a 2%. Para a OCDE, a faixa não foi um instrumento adequado para combater a deflação.

Na última sexta-feira (14/7), o Japão encerrou cinco anos de política de juro zero, ao elevar a taxa básica de juros para 0,25%. A decisão foi tomada por unanimidade pela diretoria do banco central do país. Implantada em fevereiro de 2001, a taxa zero foi proposta para incentivar a expansão do crédito para empresas e consumidores, a fim de estimular o crescimento econômico.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Mundo

Eleições nos EUA: Trump discursa na Convenção Republicana nesta quinta; assista ao vivo

Eleições EUA: Quem são e o que pensam os eleitores republicanos?

Trump terá força para pacificar o mundo e conter Rússia, diz 'pai' do Brexit à EXAME

Eleição nos EUA: Trump vai inflamar ou moderar o discurso na convenção republicana?

Mais na Exame