Mundo

O general protagonista do 12º golpe na Tailândia

O general Prayuth Chan-ocha protagonizou hoje o 12º golpe de Estado da Tailândia desde a queda da monarquia absolutista, em 1932


	Prayuth Chan-Ocha: entre os militares, Prayuth é um respeitado comandante
 (AFP/Getty Images)

Prayuth Chan-Ocha: entre os militares, Prayuth é um respeitado comandante (AFP/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2014 às 13h33.

Bangcoc - O general Prayuth Chan-ocha, um militar de carreira relacionado à Coroa tailandesa, protagonizou nesta quinta-feira o 12º golpe de Estado da Tailândia desde a queda da monarquia absolutista, em 1932.

Prayuth, chefe do exército, declarou a lei marcial há dois dias e obrigou os responsáveis da crise que consome o país a sentarem para negociar.

Contudo, vendo que o diálogo não produzia frutos, decidiu assumir todos os poderes.

Entre os militares é um respeitado comandante, e, segundo seus colegas, amável e formal.

Em política, Pratyuth está alinhado com o lado do opositor Partido Democrata e com os rivais do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, deposto no golpe militar de 2006. Para a imprensa e para os defensores dos direitos humanos é um general a quem deve se prestar atenção.

Pratyuth nasceu em 21 de março em 1954, e se graduou na Academia Militar Chulachomklao Royal.

Sua carreira foi determinada por seus primeiros estudos na Academia Preparatória das Forças Armadas, onde começou e fortaleceu amizade com Anupong Paochinda, com patente maior que a dele e participante no golpe militar em 2006.

Da mesma forma que Paochinda e o ex-ministro de Defesa Prawit Wongsuwan, militou no grupo "Tigres Orientais", uma facção militar leal à monarquia, também conhecida como os "Guardas da Rainha".

Após anos cumprindo diferentes cargos, ele começou a cobrar notoriedade depois do golpe de 2006, que ocorreu quando desempenhava o cargo de segundo comandante da Primeira Área do exército. Foi promovido à chefia da Primeira Área após o levante. Em 2008, foi nomeado chefe do Estado do exército; e em janeiro de 2009 foi designado "adjunto honorário" do rei Bhumibol Adulyadej.

Foi segundo chefe do exército, cargo desempenhado por Anupong e a que sucedeu há quatro anos; deputado, após o golpe de 2006; membro do Comitê do Meio Ambiente e Recursos Naturais; entrou na Junta da companhia estadual de eletricidade (MEA); foi diretor da companhia petrolífera Thai Oil Public Company Limited de 2007 a 2010; e diretor do Banco Militar da Tailândia a partir de 2010.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCrise políticaTailândia

Mais de Mundo

Putin sanciona lei que anula dívidas de quem assinar contrato com o Exército

Eleições no Uruguai: Mujica vira 'principal estrategista' da campanha da esquerda

Israel deixa 19 mortos em novo bombardeio no centro de Beirute

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA