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O Fed e o ainda imprevisível 2017

Nesta quarta-feira o Federal Reserve, (o Fed, banco central americano) divulgará a ata de sua última reunião de 2016, que elevou a taxa de juros do país para o intervalo de 0,50% e 0,75%. A alta já era mais do que esperada por investidores, mas outro ponto pegou o mercado de surpresa: em pronunciamento, o […]

JANET YELLEN, PRESIDENTE DO FED: se o passado serve de guia, no entanto, as duas maiores economias deverão passar por ajustes que cedo ou tarde trarão volatilidades ao cenário / (Chip Somodevilla/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 3 de janeiro de 2017 às 18h10.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h37.

Nesta quarta-feira o Federal Reserve, (o Fed, banco central americano) divulgará a ata de sua última reunião de 2016, que elevou a taxa de juros do país para o intervalo de 0,50% e 0,75%. A alta já era mais do que esperada por investidores, mas outro ponto pegou o mercado de surpresa: em pronunciamento, o Fed previu três aumentos de 0,25 ponto percentual nos juros ao longo de 2017 – a previsão inicial era de dois aumentos.

Na ata que será divulgada, investidores esperam novas pistas sobre a condução monetária e as expectativas do banco para a economia do país ao longo de 2017. O Fed deve repetir as previsões anunciadas pela presidente Janet Yellen em dezembro: um crescimento econômico de 2,1% e a inflação em 1,9% ao fim do ano.

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Parece tudo sob controle, não fosse por um detalhe: o Fed não leva em conta questões políticas em suas decisões e projeções. Em 2017, com Donald Trump na presidência, a economia americana pode variar como poucas vezes em sua história. Trump, vale lembrar, prometeu reduções de impostos e aumento de gastos em infraestrutura. Em teoria, isso estimularia a economia a crescer rapidamente e a inflação A subir, o que facilitaria para o Fed aumentar as taxas. Em teoria.

Por enquanto, ninguém sabe quais promessas Trump conseguirá cumprir e de que forma elas irão impactar a economia. Durante a campanha, Trump também ameaçou adotar medidas comerciais contra a China. Neste caso, poderia provocar uma instabilidade e levar o Fed a retardar um aumento de juros no país – a exemplo do que aconteceu em 2016, quando o Fed demorou a elevar os juros com a instabilidade da economia chinesa e o Brexit. A ata desta quarta-feira não trará muitas respostas.

 

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