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NY vai às urnas amanhã e pesquisas apontam vitória democrata

Nova York é democrata em sua esmagadora maioria e tem uma população multiétnica com 33,3% de brancos, 25,5% de negros, 28,6% de hispânicos e 12,7% de asiáticos

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2013 às 18h28.

Nova York - Os nova-iorquinos vão às urnas nesta terça-feira para escolher um novo prefeito, em uma eleição que tem o democrata Bill de Blasio como grande favorito para pôr um ponto final aos 12 anos de "reinado" do multimilionário Michael Bloomberg.

De Blasio, de 52 anos e atual Defensor de Nova York, tem mais de 40 pontos de vantagem sobre o republicano Joe Lhota nas pesquisas de opinião. O retorno dos democratas ao poder na Big Apple parece garantido.

Cidade mais populosa dos Estados Unidos, com 8,3 milhões de habitantes, Nova York é democrata em sua esmagadora maioria e tem uma população multiétnica com 33,3% de brancos, 25,5% de negros, 28,6% de hispânicos e 12,7% de asiáticos.

Nos últimos 20 anos, foi governada, porém, pelo republicano Rudolph Giuliani (1994-2001) e por Michael Bloomberg (2002-2013), um independente de passado republicano. Bloomberg entrega o cargo no final de dezembro após três mandatos e 12 anos no poder.

Casado com uma afroamericana ex-lésbica seis anos mais velha do que ele e pai de dois adolescentes, De Blasio se apresenta como um "progressista" e como a antítese do atual prefeito. Entre suas propostas, está aumentar os impostos para os nova-iorquinos ricos para financiar um jardim-de-infância para crianças a partir dos 4 anos, a construção de 200 mil casas populares e a manutenção dos hospitais comunitários.

De Blasio fez das desigualdades sua grande bandeira eleitoral. Embora Nova York seja uma das cidades com mais multimilionários no mundo, 21% da população vive abaixo da linha da pobreza. Isso equivale, segundo índice da prefeitura, a uma renda de US$ 30.944 anuais para uma família de quatro membros.

Para os 2,3 milhões de hispânicos que vivem em Nova York, a chegada de De Blasio à prefeitura deve ser benéfica, já que se trata de um político com sensibilidade para a América Latina, que fala espanhol e conhece a região.

Na juventude, De Blasio foi um admirador da revolução lançada pela Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) nicaraguense, que derrubou o regime ditatorial de Anastasio Somoza, em 1979. Embora seu passado "sandinista" tenha causado certo sobressalto quando foi revelado pela imprensa no final de setembro, longe de negá-lo, De Blasio fez questão de defendê-lo.


Uma Nova York diferente

Depois de 12 anos de administração Bloomberg, dois terços dos eleitores nova-iorquinos anseiam por uma mudança. A população reconhece, contudo, as transformações na cidade, muitas delas positivas, promovidas pelo hiperativo multimilionário de 71 anos.

Segundo Bloomberg, fã das estatísticas, Nova York se tornou "a mais segura das grandes cidades" americanas, com a taxa de assassinatos mais baixa em 50 anos. Foram 649 homicídios em 2001, contra 266 até o momento este ano.

Além disso, nunca houve tantos turistas (52 milhões em 2012), a expectativa de vida aumentou em dois anos e meio desde 2002, e centenas de hectares de área verde foram recuperados.

Muitos acusam Bloomberg de ter planejado uma cidade para os ricos e, por isso, De Blasio, que vive no popular bairro do Brooklyn e tem uma família moderna e multiétnica, é visto como uma lufada de ar fresco.

O candidato democrata foi vereador pelo Brooklyn (2002-2009) e ex-diretor de campanha de Hillary Clinton para o Senado em 2000. De origem italiana por parte de mãe, seu pai, de ascendência alemã, suicidou-se.

Os críticos de De Blasio acusam-no de "populismo" e de ter feito uma campanha "racista". Ele também é atacado por sua experiência limitada em cargos do Executivo.

Apesar da grande vantagem que tem nas pesquisas, De Blasio continuou sua campanha até esta segunda-feira, com visitas ao Bronx e ao Queens, dois dos bairros mais pobres de Nova York. Ele insiste na necessidade de "convencer as pessoas a irem votar".

De fato, Nova York não se caracteriza por uma grande mobilização do eleitorado para as eleições municipais. Em 2009, o comparecimento às urnas chegou a apenas 29%, o que corresponde a 1,2 milhão do total de 4,3 milhões de eleitores.

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Nova York - Os nova-iorquinos vão às urnas nesta terça-feira para escolher um novo prefeito, em uma eleição que tem o democrata Bill de Blasio como grande favorito para pôr um ponto final aos 12 anos de "reinado" do multimilionário Michael Bloomberg.

De Blasio, de 52 anos e atual Defensor de Nova York, tem mais de 40 pontos de vantagem sobre o republicano Joe Lhota nas pesquisas de opinião. O retorno dos democratas ao poder na Big Apple parece garantido.

Cidade mais populosa dos Estados Unidos, com 8,3 milhões de habitantes, Nova York é democrata em sua esmagadora maioria e tem uma população multiétnica com 33,3% de brancos, 25,5% de negros, 28,6% de hispânicos e 12,7% de asiáticos.

Nos últimos 20 anos, foi governada, porém, pelo republicano Rudolph Giuliani (1994-2001) e por Michael Bloomberg (2002-2013), um independente de passado republicano. Bloomberg entrega o cargo no final de dezembro após três mandatos e 12 anos no poder.

Casado com uma afroamericana ex-lésbica seis anos mais velha do que ele e pai de dois adolescentes, De Blasio se apresenta como um "progressista" e como a antítese do atual prefeito. Entre suas propostas, está aumentar os impostos para os nova-iorquinos ricos para financiar um jardim-de-infância para crianças a partir dos 4 anos, a construção de 200 mil casas populares e a manutenção dos hospitais comunitários.

De Blasio fez das desigualdades sua grande bandeira eleitoral. Embora Nova York seja uma das cidades com mais multimilionários no mundo, 21% da população vive abaixo da linha da pobreza. Isso equivale, segundo índice da prefeitura, a uma renda de US$ 30.944 anuais para uma família de quatro membros.

Para os 2,3 milhões de hispânicos que vivem em Nova York, a chegada de De Blasio à prefeitura deve ser benéfica, já que se trata de um político com sensibilidade para a América Latina, que fala espanhol e conhece a região.

Na juventude, De Blasio foi um admirador da revolução lançada pela Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) nicaraguense, que derrubou o regime ditatorial de Anastasio Somoza, em 1979. Embora seu passado "sandinista" tenha causado certo sobressalto quando foi revelado pela imprensa no final de setembro, longe de negá-lo, De Blasio fez questão de defendê-lo.


Uma Nova York diferente

Depois de 12 anos de administração Bloomberg, dois terços dos eleitores nova-iorquinos anseiam por uma mudança. A população reconhece, contudo, as transformações na cidade, muitas delas positivas, promovidas pelo hiperativo multimilionário de 71 anos.

Segundo Bloomberg, fã das estatísticas, Nova York se tornou "a mais segura das grandes cidades" americanas, com a taxa de assassinatos mais baixa em 50 anos. Foram 649 homicídios em 2001, contra 266 até o momento este ano.

Além disso, nunca houve tantos turistas (52 milhões em 2012), a expectativa de vida aumentou em dois anos e meio desde 2002, e centenas de hectares de área verde foram recuperados.

Muitos acusam Bloomberg de ter planejado uma cidade para os ricos e, por isso, De Blasio, que vive no popular bairro do Brooklyn e tem uma família moderna e multiétnica, é visto como uma lufada de ar fresco.

O candidato democrata foi vereador pelo Brooklyn (2002-2009) e ex-diretor de campanha de Hillary Clinton para o Senado em 2000. De origem italiana por parte de mãe, seu pai, de ascendência alemã, suicidou-se.

Os críticos de De Blasio acusam-no de "populismo" e de ter feito uma campanha "racista". Ele também é atacado por sua experiência limitada em cargos do Executivo.

Apesar da grande vantagem que tem nas pesquisas, De Blasio continuou sua campanha até esta segunda-feira, com visitas ao Bronx e ao Queens, dois dos bairros mais pobres de Nova York. Ele insiste na necessidade de "convencer as pessoas a irem votar".

De fato, Nova York não se caracteriza por uma grande mobilização do eleitorado para as eleições municipais. Em 2009, o comparecimento às urnas chegou a apenas 29%, o que corresponde a 1,2 milhão do total de 4,3 milhões de eleitores.

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