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NSA monitora milhões de mensagens no mundo todo, diz jornal

Segundo o Guardian, a agência americana monitora diariamente quase 200 milhões de mensagens de texto


	SMS pelo celular: o objetivo seria recolher dados pessoais sobre planos de viagens, contatos e transações com cartão de crédito
 (Roslan Rahman/AFP/AFP)

SMS pelo celular: o objetivo seria recolher dados pessoais sobre planos de viagens, contatos e transações com cartão de crédito (Roslan Rahman/AFP/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2014 às 06h59.

Washington - A Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês) monitora diariamente quase 200 milhões de mensagens de texto ao redor do mundo, recolhendo dados pessoais sobre planos de viagens, contatos e transações com cartão de crédito, revelou o jornal britânico Guardian na quinta-feira.

O programa da NSA, chamado "Dishfire", coleta "praticamente tudo que pode", disse o Guardian, citando uma investigação conjunta realizada pelo jornal com a emissora de TV britânica Channel 4 News, com base no material vazado pelo ex-prestador de serviço da NSA Edward Snowden.

O jornal disse que os documentos também mostram que as comunicações de números de telefone dos EUA são removidas ou "minimizadas" na base de dados da NSA, enquanto números de outros países, incluindo da Grã-Bretanha, são mantidos.

Com base em uma apresentação de 2011 da NSA com o subtítulo "SMS Mensagens de Texto: Uma Mina de Ouro a Explorar", o Guardian disse que o programa coletou 194 milhões de mensagens de texto por dia em abril daquele ano.

"A NSA tem feito uso extensivo desta vasta base de dados de mensagem de texto para extrair informações sobre planos de viagem, lista de contatos, transações financeiras e mais -- inclusive de indivíduos que não estão sob suspeita de atividade ilegal", disse o Guardian.

O presidente dos EUA, Barack Obama, deve anunciar nesta sexta-feira reformas nos programas de vigilância da NSA, que tiveram a dimensão global reveladas por Snowden.

Os vazamentos do ex-prestador de serviço da agência revelaram que a espionagem norte-americana tinha como alvo também alguns líderes estrangeiros, incluindo a presidente Dilma Rousseff. A presidente cancelou uma visita de Estado a Washington no ano passado devido às revelações de que teve sua própria comunicação pessoal monitorada pela NSA.

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