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Novos combates na Ucrânia matam seis pessoas

Cessar-fogo não impediu novos confrontos na região

Soldados ucranianos: conflito na região continua (Anatolii Boiko/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2014 às 21h56.

Apesar da trégua, os combates continuavam neste sábado no leste da Ucrânia entre os rebeldes pró-russos e o Exército ucraniano, deixando seis mortos, entre eles duas crianças que tentavam mover um obus de morteiro.

Um dia depois de uma jornada de ataques e contra-ataques em torno do aeroporto de Donetsk, o Exército ucraniano informou que dois soldados foram mortos nas últimas 24 horas neste bastião pró-Moscou.

O porta-voz militar ucraniano, Andri Lysenko, afirmou neste sábado que a corporação ainda controla o aeroporto, único território em seu poder nessa cidade tomada em maio pelos separatistas.

Os rebeldes negam, no entanto, ter perdido o aeroporto. O "primeiro-ministro" da autoproclamada República Popular de Donetsk, Alexander Zakharchenko, garante controlar 95% do aeroporto.

"Não controlamos o aeroporto, mas os combates são mais esporádicos e ainda há bolsões de resistência, principalmente nos subterrâneos", declarou, por sua vez, um combatente rebelde entrevistado pela AFP.

Dois civis, um homem e uma mulher, morreram na explosão de um obus, de acordo com a prefeitura local. Além disso, duas crianças morreram, e outras cinco ficaram feridas na sexta-feira, 30 km ao leste de Donetsk, quando tentaram mover um obus de morteiro que havia falhado, anunciaram as autoridades regionais.

A intensificação dos combates e dos bombardeios em áreas povoadas desse reduto pró-russo causou a morte de 11 pessoas em dois dias, levando as Nações Unidas a alertarem para uma "perigosa escalada", um mês depois da frágil trégua assinada entre Kiev e os separatistas.

Kiev e as potências ocidentais acusam o Kremlin de jogar lenha na fogueira em um conflito que deixou mais de 3.200 mortos desde abril e obrigou meio milhão de pessoas a fugirem de casa. Moscou rejeita as acusações.

Na sexta, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, disse que 967 soldados ucranianos, entre voluntários e membros do Exército e da Guarda Nacional, morreram em combate.

Desde o início do cessar-fogo, em 5 de setembro, cerca de 70 soldados e civis ucranianos teriam morrido, de acordo com monitoramento feito pela AFP.

"O cessar-fogo foi violado mais de mil vezes, e soldados e civis continuam morrendo", lamentou o presidente do Parlamento ucraniano, Olexandre Turchinov, em um encontro com líderes religiosos.

Segundo Turchinov, a "agressão russa" à Ucrânia não acabou.

O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, anunciou que seu país pretende adotar sanções contra Moscou, apesar dos estreitos laços comerciais entre as duas economias.

"Se Estados Unidos e Europa impõem sanções, a Ucrânia deve fazer o mesmo", declarou Yatseniuk na televisão. "Sei que pagaremos o preço, mas a Rússia já paga um preço muito mais alto", completou.

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Apesar da trégua, os combates continuavam neste sábado no leste da Ucrânia entre os rebeldes pró-russos e o Exército ucraniano, deixando seis mortos, entre eles duas crianças que tentavam mover um obus de morteiro.

Um dia depois de uma jornada de ataques e contra-ataques em torno do aeroporto de Donetsk, o Exército ucraniano informou que dois soldados foram mortos nas últimas 24 horas neste bastião pró-Moscou.

O porta-voz militar ucraniano, Andri Lysenko, afirmou neste sábado que a corporação ainda controla o aeroporto, único território em seu poder nessa cidade tomada em maio pelos separatistas.

Os rebeldes negam, no entanto, ter perdido o aeroporto. O "primeiro-ministro" da autoproclamada República Popular de Donetsk, Alexander Zakharchenko, garante controlar 95% do aeroporto.

"Não controlamos o aeroporto, mas os combates são mais esporádicos e ainda há bolsões de resistência, principalmente nos subterrâneos", declarou, por sua vez, um combatente rebelde entrevistado pela AFP.

Dois civis, um homem e uma mulher, morreram na explosão de um obus, de acordo com a prefeitura local. Além disso, duas crianças morreram, e outras cinco ficaram feridas na sexta-feira, 30 km ao leste de Donetsk, quando tentaram mover um obus de morteiro que havia falhado, anunciaram as autoridades regionais.

A intensificação dos combates e dos bombardeios em áreas povoadas desse reduto pró-russo causou a morte de 11 pessoas em dois dias, levando as Nações Unidas a alertarem para uma "perigosa escalada", um mês depois da frágil trégua assinada entre Kiev e os separatistas.

Kiev e as potências ocidentais acusam o Kremlin de jogar lenha na fogueira em um conflito que deixou mais de 3.200 mortos desde abril e obrigou meio milhão de pessoas a fugirem de casa. Moscou rejeita as acusações.

Na sexta, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, disse que 967 soldados ucranianos, entre voluntários e membros do Exército e da Guarda Nacional, morreram em combate.

Desde o início do cessar-fogo, em 5 de setembro, cerca de 70 soldados e civis ucranianos teriam morrido, de acordo com monitoramento feito pela AFP.

"O cessar-fogo foi violado mais de mil vezes, e soldados e civis continuam morrendo", lamentou o presidente do Parlamento ucraniano, Olexandre Turchinov, em um encontro com líderes religiosos.

Segundo Turchinov, a "agressão russa" à Ucrânia não acabou.

O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, anunciou que seu país pretende adotar sanções contra Moscou, apesar dos estreitos laços comerciais entre as duas economias.

"Se Estados Unidos e Europa impõem sanções, a Ucrânia deve fazer o mesmo", declarou Yatseniuk na televisão. "Sei que pagaremos o preço, mas a Rússia já paga um preço muito mais alto", completou.

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