Novo atentado contra o Judiciário paquistanês deixa 2 mortos
A região onde ocorreu o atentado abriga várias instituições governamentais, escolas e um hospital
EFE
Publicado em 15 de fevereiro de 2017 às 13h26.
Islamabad, 15 fev (EFE).- Pelo menos duas pessoas morreram e dez ficaram feridas nesta quarta-feira em um ataque suicida contra um veículo onde estavam vários juízes na cidade de Peshawar, no norte do país, no segundo atentado do dia no Paquistão .
Em uma moto, um suicida explodiu as bombas que carregava perto de uma caminhonete que transportava quatro juízes em Hayatabad, indicou à Agência Efe o porta-voz policial Muhammad Ali. A explosão matou o insurgente e o motorista do carro e deixou 10 pessoas feridas, entre elas os magistrados.
A região onde ocorreu o atentado abriga várias instituições governamentais, escolas e um hospital.
Esse é o segundo atentado suicida do dia. Mais cedo, uma ação acabou com a vida de sete pessoas, entre dois civis, em um assalto contra os escritórios governamentais da região tribal de Mohmand, também no norte do país.
As ações de hoje acontecem dois dias após um atentado suicida na cidade de Lahore, durante uma manifestação, que causou 14 mortes e deixou 94 feridos. O ataque foi reivindicado pelos talibãs.
Pouco depois do ataque contra os juízes, o gabinete do primeiro-ministro, Nawaz Sharif, informou que altos funcionários do país mantiveram uma reunião para analisar a situação de segurança após os fatos de Lahore, Quetta, Mohmand e Peshawar. Participaram da reunião, entre outros, o próprio primeiro-ministro, o chefe do Exército, Qamar Javed Bajwa, e vários ministros.
"As conquistas obtidas nas operações do Exército e da Polícia não serão perdidas e o Estado garantirá que o terrorismo não irá ressurgir", diz a nota.
O Paquistão lançou em junho de 2014 uma operação militar nas zonas tribais, o que provocou uma redução significativa dos ataques insurgentes. A ação matou 3.500 supostos terroristas, segundo o Exército.
Apesar da melhoria na segurança, ataques desse tipo continuam acontecendo, como o massacre de 72 advogados em um hospital de Quetta, em agosto do ano passado, e a morte de 62 cadetes em uma academia policial da mesma cidade em outubro.