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Nissan-Renault descarta fusão com GM, Chrysler ou Ford agora

Brasileiro Carlos Ghosn diz que é necessário esperar a crise do crédito se dissipar para que a consolidação da indústria automobilística siga em frente

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.

O presidente da Nissan-Renault, o brasileiro Carlos Ghosn, descartou uma fusão com General Motors, Chrysler ou Ford neste momento. Em entrevista ao site da revista norte-americana BusinessWeek, ele foi categórico ao dizer que isso está "fora de questão. Para Ghosn, o atual quadro econômico, regido pela crise financeira, não comporta grandes aquisições. "Ainda estamos numa economia onde crédito e financiamento são caóticos e imprevisíveis", disse.

A imprensa americana tem especulado sobre a fusão da Nissan-Renault com alguma montadora americana. Outra idéia constantemente divulgada na mídia é de uma fusão entre a Chrysler e a GM. Ghosn acredita na futura consolidação da indústria automobilística mundial, mas diz que o momento é ruim. "Você vai ser capaz de conseguir o dinheiro que você precisa a um custo razoável para prosseguir com uma estratégia que faria muito mais sentido a médio ou longo prazo? Como não se pode responder a essa pergunta, não creio que ninguém vai se mexer", disse.

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O executivo brasileiro também defendeu o pacote de 25 bilhões de dólares aprovado pelo Congresso dos Estados Unidos para que as montadoras locais possam desenvolver tecnologias menos poluentes e veículos que utilizem tecnologias alternativas. A própria Renault defende que governos europeus adotem medidas semelhantes. Sobre a possibilidade da aprovação de mais medidas pelo Congresso para as montadoras americanas ou sobre a possível falência de alguma das três empresas americanas do setor, ele disse que não se pronunciaria.

Ghosn afirmou também que as vendas do setor manterão a tendência de queda no próximo ano, tanto nos EUA como na Europa. "Eu vejo um ponto fraco no mercado em 2009 nos EUA. (...) Estamos todos estão esperando que a nova administração [do presidente democrata eleito Barack Obama] vai passar para um plano de forte estímulo ousado. Mas, na falta deste, temos de nos preparar para um mercado muito em baixa, não só na Europa, mas nos Estados Unidos". Para ele, a China é o único país em que há esperanças de resultados melhores.

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