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Nigéria proíbe protestos contra sequestro de meninas

Polícia da Nigéria proibiu protestos contra o sequestro das mais de 200 meninas pela seita islâmica Boko Haram

Jovens sequestradas pelo Boko Haram: protestos ocorrem diariamente e de forma pacífica (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2014 às 09h01.

Lagos - A polícia da Nigéria proibiu em Abuja, capital do país, os protestos contra o sequestro das mais de 200 meninas pela seita islâmica Boko Haram, informou nesta terça-feira a imprensa local.

As meninas, todas estudantes, foram sequestradas em uma escola em Chibok, no norte do país, e estão em cativeiro há 50 dias.

O delegado de Abuja, Joseph Mbu, anunciou no final da noite de ontem que a realização das manifestações, que originaram o movimento "Bring back our girls", estão proibidas.

Os protestos ocorrem diariamente e de forma pacífica em Abuja para exigir o resgate das menores, raptadas em 14 de abril.

Na semana passada, as ativistas do movimento "Bring back our girls" foram atacadas por manifestantes do grupo "Release our girls".

Segundo a oposição, a ação foi impulsionada pelo governo do presidente Goodluck Jonathan para deslocar o foco dos protestos do sequestro para os fundamentalistas do Boko Haram, informou a Agência Nigeriana de Notícias.

O presidente da Nigéria pediu aos manifestantes que protestem contra a seita islâmica e não contra o governo, muito criticado por sua incapacidade para localizar e resgatar as menores, apesar da ajuda internacional que está recebendo.

Enquanto isso, a líder do movimento "Bring back our girls", a ex-ministra de Educação Oby Ezekwesili, criticou o "excesso de zelo" da polícia de Abuja.

"Estão tentando negar aos manifestantes seu direito constitucional de protestar", criticou Ezekwesili.

A ex-ministra afirmou que os ativistas denunciarão a proibição das passeatas na justiça nigeriana.

O Boko Haram, cujo nome significa em línguas locais "a educação não islâmica é pecado", luta para impor um Estado islâmico na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristã no sul.

Desde que a polícia matou em 2009 o então líder e fundador da organização, Mohammed Yousef, os radicais mantêm uma sangrenta campanha, que deixou mais de quatro mil mortos.

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Lagos - A polícia da Nigéria proibiu em Abuja, capital do país, os protestos contra o sequestro das mais de 200 meninas pela seita islâmica Boko Haram, informou nesta terça-feira a imprensa local.

As meninas, todas estudantes, foram sequestradas em uma escola em Chibok, no norte do país, e estão em cativeiro há 50 dias.

O delegado de Abuja, Joseph Mbu, anunciou no final da noite de ontem que a realização das manifestações, que originaram o movimento "Bring back our girls", estão proibidas.

Os protestos ocorrem diariamente e de forma pacífica em Abuja para exigir o resgate das menores, raptadas em 14 de abril.

Na semana passada, as ativistas do movimento "Bring back our girls" foram atacadas por manifestantes do grupo "Release our girls".

Segundo a oposição, a ação foi impulsionada pelo governo do presidente Goodluck Jonathan para deslocar o foco dos protestos do sequestro para os fundamentalistas do Boko Haram, informou a Agência Nigeriana de Notícias.

O presidente da Nigéria pediu aos manifestantes que protestem contra a seita islâmica e não contra o governo, muito criticado por sua incapacidade para localizar e resgatar as menores, apesar da ajuda internacional que está recebendo.

Enquanto isso, a líder do movimento "Bring back our girls", a ex-ministra de Educação Oby Ezekwesili, criticou o "excesso de zelo" da polícia de Abuja.

"Estão tentando negar aos manifestantes seu direito constitucional de protestar", criticou Ezekwesili.

A ex-ministra afirmou que os ativistas denunciarão a proibição das passeatas na justiça nigeriana.

O Boko Haram, cujo nome significa em línguas locais "a educação não islâmica é pecado", luta para impor um Estado islâmico na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristã no sul.

Desde que a polícia matou em 2009 o então líder e fundador da organização, Mohammed Yousef, os radicais mantêm uma sangrenta campanha, que deixou mais de quatro mil mortos.

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