Negociadores do clima entram numa tentativa desesperada por acordo
Delegados dos 194 países que participam, em Durban (África do Sul), da Conferência da ONU
Da Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2011 às 16h41.
Os delegados dos 194 países que participam, em Durban (África do Sul), da Conferência da ONU sobre mudança climática mostraram avanços, no final da tarde deste sábado, embora a possibilidade de acordo ainda continue incerta, depois de 13 dias de debates.
"Vejo muita convergência. Pode ser que leve um pouco mais de tempo do que gostaríamos, mas provavelmente terminaremos o processo e a plenária ainda esta noite", disse o chefe da delegação do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo.
"Finalmente, estamos chegando a questões básicas. E fazendo progressos. A urgência do tempo pode ser sentida quase que fisicamente no local; é de dar nos nervos", expressou a comissária europeia para assuntos do Clima, Connie Hedegaar, em seu Twitter, a partir da reunião.
"Estamos trabalhando duro, acho que estamos fazendo avanços", disse o negociador dos Estados Unidos, Todd Stern, advertindo, no entanto: "ainda não terminamos".
Sobre a mesa estão três grandes temas: um regime legal que comprometa todos os países na luta contra a mudança climática, a renovação do Protocolo de Kyoto que obriga as nações ricas a cortarem suas emissões de gases nocivos, e o lançamento do Fundo Verde para ajudar os países do sul.
A Europa concordou em renovar o protocolo de Kyoto, o documento histórico que as conferências dos anos anteriores não conseguiram fazer valer, apesar do prazo de 2012 para entrar em vigor, deixando o mundo ao Deus dará, em relação ao corte das emissões.
Mas os europeus querem em troca que os países, em especial os grandes emissores de gases nocivos ao clima (como China, Índia, Brasil e Estados Unidos), aprovem um instrumento legal que os obrigue a reduzir suas emissões.
Segundo Figueiredo, as partes estavam chegando a um consenso sobre a criação desse instrumento válido para todos os países, e cuja negociação teria que ser encerrada em 2015, para ser aplicável em 2020.
A África do Sul, o Brasil, e 90 países que estão entre os mais vulneráveis à mudança climática endossam o plano europeu, segundo Hedegaard.
"Os que se interpõem no caminho de um acordo são poucos países e principais emissores, como Estados Unidos, China, India", disse na manhã de sábado o ministro do Meio Ambiente alemão, Nobert Röttgen.
O Fundo Verde Climático, lançado em 2010 em Cancún precisa ser estruturado nesta reunião para poder operar recursos multimilionários, podendo chegar a 100 bilhões de dólares por ano em 2020.
As delegações se preparavam para outra rodada de negociações.
Os atrasos foram motivo de irritação e frustração neste sábado. A ministra da Ecologia Francesa, Nathalie Kosciusko-Morizet, alertou para o "risco de fracasso, devido a um problema de administração do tempo".
A situação fazia lembrar a da cúpula de Copenhague em 2009, quando fracassaram na última hora as tentativas de um acordo ambicioso.
Os delegados dos 194 países que participam, em Durban (África do Sul), da Conferência da ONU sobre mudança climática mostraram avanços, no final da tarde deste sábado, embora a possibilidade de acordo ainda continue incerta, depois de 13 dias de debates.
"Vejo muita convergência. Pode ser que leve um pouco mais de tempo do que gostaríamos, mas provavelmente terminaremos o processo e a plenária ainda esta noite", disse o chefe da delegação do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo.
"Finalmente, estamos chegando a questões básicas. E fazendo progressos. A urgência do tempo pode ser sentida quase que fisicamente no local; é de dar nos nervos", expressou a comissária europeia para assuntos do Clima, Connie Hedegaar, em seu Twitter, a partir da reunião.
"Estamos trabalhando duro, acho que estamos fazendo avanços", disse o negociador dos Estados Unidos, Todd Stern, advertindo, no entanto: "ainda não terminamos".
Sobre a mesa estão três grandes temas: um regime legal que comprometa todos os países na luta contra a mudança climática, a renovação do Protocolo de Kyoto que obriga as nações ricas a cortarem suas emissões de gases nocivos, e o lançamento do Fundo Verde para ajudar os países do sul.
A Europa concordou em renovar o protocolo de Kyoto, o documento histórico que as conferências dos anos anteriores não conseguiram fazer valer, apesar do prazo de 2012 para entrar em vigor, deixando o mundo ao Deus dará, em relação ao corte das emissões.
Mas os europeus querem em troca que os países, em especial os grandes emissores de gases nocivos ao clima (como China, Índia, Brasil e Estados Unidos), aprovem um instrumento legal que os obrigue a reduzir suas emissões.
Segundo Figueiredo, as partes estavam chegando a um consenso sobre a criação desse instrumento válido para todos os países, e cuja negociação teria que ser encerrada em 2015, para ser aplicável em 2020.
A África do Sul, o Brasil, e 90 países que estão entre os mais vulneráveis à mudança climática endossam o plano europeu, segundo Hedegaard.
"Os que se interpõem no caminho de um acordo são poucos países e principais emissores, como Estados Unidos, China, India", disse na manhã de sábado o ministro do Meio Ambiente alemão, Nobert Röttgen.
O Fundo Verde Climático, lançado em 2010 em Cancún precisa ser estruturado nesta reunião para poder operar recursos multimilionários, podendo chegar a 100 bilhões de dólares por ano em 2020.
As delegações se preparavam para outra rodada de negociações.
Os atrasos foram motivo de irritação e frustração neste sábado. A ministra da Ecologia Francesa, Nathalie Kosciusko-Morizet, alertou para o "risco de fracasso, devido a um problema de administração do tempo".
A situação fazia lembrar a da cúpula de Copenhague em 2009, quando fracassaram na última hora as tentativas de um acordo ambicioso.