Nações ricas deveriam receber mais refugiados sírios
Quase metade dos sírios já foi obrigada a abandonar suas casas e fugir para salvar a vida
Da Redação
Publicado em 29 de agosto de 2014 às 12h03.
São Paulo - As nações ricas deveriam oferecer um porto seguro para mais sírios que fogem do conflito, disseram ativistas nesta sexta-feira, enquanto o número de refugiados sírios superava 3 milhões.
Ao divulgar os números mais recentes sobre refugiados sírios, a ONU informou que mais de 6,5 milhões de pessoas foram deslocadas dentro da Síria , o que significa que "quase metade de todos os sírios já foi obrigada a abandonar suas casas e fugir para salvar a vida".
A maior parte dos refugiados vive em países vizinhos. O Líbano sozinho recebeu 1,14 milhão de sírios, seguido pela Turquia, que abriga 815 mil, e Jordânia, com 608 mil.
No mês passado, a agência de refugiados da ONU, o Acnur, disse que cerca de 123.600 sírios tinham procurado asilo na Europa desde que o conflito eclodiu em março de 2011.
"O Reino Unido poderia fazer mais para ajudar a reassentar os refugiados mais vulneráveis da Síria. Até o momento, prometeu lugar a várias centenas de refugiados e apenas 50 sírios foram reassentados em Junho de 2014", disse a Oxfam em um comunicado.
A entidade Conselho de Refugiados afirmou pelo Twitter que o número de sírios reassentadas na Grã-Bretanha até agora é "lamentável".
"Há mais de 1 milhão de refugiados da Síria no Líbano. O plano do Reino Unido de reassentar "várias centenas de pessoas" simplesmente não é bom o suficiente", disse a instituição beneficente em um tuíte.
A Oxfam observou que cerca de 5.000 foram reassentadas em outros países, que não são vizinhos da Síria, por meio de um esquema da ONU - correspondendo a apenas 0,16 por cento do total de refugiados registrados.
"É chocante que em mais de três anos de uma crise que não dá sinais de diminuir, de acordo com o programa de reinstalação de refugiados da ONU, os países ricos tenham recebido meros 5.000 dos 3 milhões de refugiados registrados, que estão em muitas situações lutando para sobreviver de um dia para o outro", disse Andy Baker, chefe da Oxfam na resposta à crise da Síria, em um comunicado.