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Candidata governista à presidência do Chile promete manter superávit

Michelle Bachelet, ex-ministra do presidente Ricardo Lagos, tem cerca de 40% dos votos. Um dos candidatos da oposição propõe redução do superávit a zero até 2010

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.

O próximo domingo, 11 de dezembro, é dia de primeiro turno das eleições presidenciais no Chile. A favorita é a candidata do governo, Michelle Bachelet, com cerca de 40% das intenções de voto. Caso vença o cada vez mais provável segundo turno, em 15 de janeiro, Michelle assegurou que vai manter a política de superávit fiscal estrutural de 1% do Produto Interno Bruto (PIB), apesar de o atual presidente, Ricardo Lagos, ter afirmado que há espaço para uma redução da meta na próxima gestão.

O "superávit fiscal estrutural" chileno consiste em perseguir uma média de saldo positivo das contas nacionais de 1% do PIB, calculada com base nos últimos cinco anos. O sistema foi introduzido por Lagos. O cálculo por média móvel por ciclo de 5 anos dá flexibilidade à política fiscal, afirmam analistas. "A regra do superávit estrutural tem dado à política fiscal um marco de diretrizes claras e plurianuais", afirma Andrés Velasco, assessor econômico de Michelle e provável futuro ministro da Fazenda.

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Michelle é socialista, foi ministra da Defesa de Lagos, e concorre pela Concertación, a aliança de centro-esquerda que une socialistas e democrata-cristãos e governa o Chile há três mandatos, desde 1990. Se eleita, será a primeira mulher da história chilena a ocupar a presidência do país.

Os rivais mais próximos da oposição, o ex-prefeito da capital Santiago, Joaquín Lavín (UDI), e Sebastián Piñera (RN), principal acionista da companhia aérea LAN, estão em empate técnico, com cerca de 20% dos votos cada um. No programa econômico de Piñera, propõe-se a redução gradual do superávit estrutural até 0% em 2010.

Céu de brigadeiro

Em 2004, o Chile acumulou um superávit fiscal de 2,2% do PIB, com o que reverteu quase a totalidade do déficit acumulado desde 2000. Foi determinante para esse desempenho o comportamento das cotações internacionais do cobre, principal produto de exportação do país (leia reportagem de EXAMEsobre os exemplos que o Chile tem a oferecer para o Brasil). No primeiro semestre de 2005, o país acumulou superávit de 2,9%, e deve chegar a 3,8% em 2005. Cerca de 59% da população aprova o governo de Ricardo Lagos.

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