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Índia decide hoje se abre setor de petróleo ao capital estrangeiro

Gabinete pode derrubar limites de participação de investidores internacionais em companhias de petróleo e gás, infra-estrutura de aeroportos e outros

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.

A coalização partidária que governa a Índia, da qual fazem parte os comunistas, marcou para esta quinta-feira (17/11) uma decisão fundamental para uma das mais dinâmicas economias emergentes. O gabinete de ministros (o regime indiano é parlamentarista) vai analisar a possibilidade de uma ampla liberalização das normas sobre ingresso de investimento direto estrangeiro.

O ministro indiano de Comércio e Indústria, Kamal Nath, propõe que seja autorizado 100% de participação de capital estrangeiro em diversos setores da economia, como petróleo e gás natural, infra-estrutura de aeroportos e até mesmo em produção de café, chá e borracha. Se o projeto for implementado, a Índia terá retomado um programa de reformas econômicas paralisado há muito tempo, avalia reportagem do diário britânico Financial Times.

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Segundo o jornal, a Índia atraiu em 2004 e 2005, até agora, 5,5 bilhões de dólares de investimento direto estrangeiro, alta de 18% sobre o período anterior, mas ainda assim apenas um décimo do que foi direcionado para a China. Segundo cálculos do governo, são necessários 150 bilhões de dólares nos próximos dez anos para ampliar e renovar a infra-estrutura do país.

Com as portas abertas para dinheiro de fora, projetos fundamentais poderão sair do papel, como é o caso do gasoduto unindo Índia e Irã, via Paquistão. Recentemente o grupo Changi, de Cingapura, desistiu de participar da privatização de aeroportos indianos por causa das restrições à participação estrangeira.

Os Estados Unidos e o Reino Unido ficarão desapontados, de qualquer modo, diz o FT. É que ambos estavam empenhados em lobby ferrenho para que entre os setores contemplados com novas regras estivesse o varejo, o que escancaria as portas de um mercado de 205 bilhões de dólares para redes como o Wal-Mart. O ministro Kamal Nath afirmou recentemente que só terá condições para propor algo nessa linha daqui a três meses.

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