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Multidão queima homem acusado de destruir Corão no Paquistão

O homem foi retirado da delegacia, onde estava acusado de blasfêmia por queimar exemplares do livro sagrado muçulmano, e em seguida quimado vivo

A vítima teria dormido uma noite na mesquita do povoado, onde os fiéis encontraram no dia seguinte exemplares queimados do Corão (SXC.Hu)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2012 às 09h01.

Islamabad - Uma multidão queimou vivo neste sábado, no sul do Paquistão , um homem que supostamente tinha incinerado exemplares do Corão, o livro santo do islamismo, informou em sua versão digital o jornal 'Express'.

A turba retirou o homem de uma delegacia da cidade de Seeta, na província de Sindh, onde ele estava preso acusado de blasfêmia. Em seguida, a multidão ateou fogo no homem em frente ao local.

Segundo o imã de Seeta, Usman Memon, a vítima tinha dormido uma noite na mesquita do povoado, onde os fiéis encontraram no dia seguinte exemplares queimados do Corão.

'Como ele foi a única pessoa que tinha dormido na mesquita, levamos o homem à delegacia', explicou Memon.

O jornal 'Express' informou que 200 moradores da cidade foram acusados de assassinato e obstrução ao trabalho da justiça, e que dez policiais foram suspensos por 'negligência'.

A dura legislação antiblasfêmia vigente no Paquistão foi estabelecida durante a dominação colonial britânica para prevenir choques religiosos, mas nos anos 80 uma série de reformas comandadas pelo ditador Ziaul Haq favoreceu o abuso da lei.

Desde então, ocorreram no Paquistão milhares de acusações de blasfêmia, quase sempre a pedido de imãs locais que tentam amedrontar minorias religiosas, especialmente cristãos e ahmadis, vertente do islamismo considerado herético no Paquistão.

O caso que adquiriu mais notoriedade nos últimos anos foi da menina cristã Rimsha Masih.

Um tribunal de Islamabad libertou em setembro a menor, que sofre de problemas mentais, ao rejeitar a acusação de que ela teria queimado páginas do Corão.

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A turba retirou o homem de uma delegacia da cidade de Seeta, na província de Sindh, onde ele estava preso acusado de blasfêmia. Em seguida, a multidão ateou fogo no homem em frente ao local.

Segundo o imã de Seeta, Usman Memon, a vítima tinha dormido uma noite na mesquita do povoado, onde os fiéis encontraram no dia seguinte exemplares queimados do Corão.

'Como ele foi a única pessoa que tinha dormido na mesquita, levamos o homem à delegacia', explicou Memon.

O jornal 'Express' informou que 200 moradores da cidade foram acusados de assassinato e obstrução ao trabalho da justiça, e que dez policiais foram suspensos por 'negligência'.

A dura legislação antiblasfêmia vigente no Paquistão foi estabelecida durante a dominação colonial britânica para prevenir choques religiosos, mas nos anos 80 uma série de reformas comandadas pelo ditador Ziaul Haq favoreceu o abuso da lei.

Desde então, ocorreram no Paquistão milhares de acusações de blasfêmia, quase sempre a pedido de imãs locais que tentam amedrontar minorias religiosas, especialmente cristãos e ahmadis, vertente do islamismo considerado herético no Paquistão.

O caso que adquiriu mais notoriedade nos últimos anos foi da menina cristã Rimsha Masih.

Um tribunal de Islamabad libertou em setembro a menor, que sofre de problemas mentais, ao rejeitar a acusação de que ela teria queimado páginas do Corão.

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