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Mudanças climáticas reabilitam energia nuclear, diz <EM>The Economist</EM>

As alterações climáticas estão contribuindo para uma reabilitação da indústria nuclear. Reportagem da revista britânica The Economist desta semana afirma que a China já possui nove reatores nucleares e está planejando licitar outros 30. Novas usinas estão sendo construídas ou planejadas pela Índia, Japão, Taiwan, Coréia do Sul e Rússia. Poucas semanas atrás um consórcio […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.

As alterações climáticas estão contribuindo para uma reabilitação da indústria nuclear. Reportagem da revista britânica The Economist desta semana afirma que a China já possui nove reatores nucleares e está planejando licitar outros 30. Novas usinas estão sendo construídas ou planejadas pela Índia, Japão, Taiwan, Coréia do Sul e Rússia.

Poucas semanas atrás um consórcio finlandês, o TVO, começou a trabalhar na primeira usina nuclear construída em qualquer dos lados do Oceano Atlântico em uma década. O parlamento francês aprovou recentemente uma nova planta nuclear. "Estamos convencidos de um reavivamento nuclear e precisamos nos preparar para ele", diz Guillaume Dureau, da Areva, a maior fornecedora de energia nuclear do mundo, com faturamento de 8,2 bilhões de dólares em 2004 (leia reportagem de EXAME sobre a Areva). A Areva planeja contratar 1 000 engenheiros para reforçar sua equipe.

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Nos Estados Unidos, o nível de utilização de capacidade das 103 usinas nucleares instaladas subiu de 56% em 1984 para 90%.

A maior razão para esse impulso, diz a reportagem, é a mudança climática, que vemdominando a agenda política internacional. Mais vozes (e mais respeitadas) estão se levantando para defender que a energia nuclear é fundamental para diminuir o ritmo de aquecimento global, reduzindo as emissões de carbono. Como resultado, diz The Economist, está ocorrendo uma inusitada aliança entre a indústria nuclear e muitos ambientalistas. "Só a energia nuclear pode interromper o aquecimento global", afirma James Lovelock, um dos fundadores do Greenpeace.

Hoje há 31 países operando comercialmente 439 reatores nucleares, responsáveis por 16% da eletricidade consumida globalmente. As usinas faturam anualmente entre 100 bilhões e 125 bilhões de dólares. A expansão nuclear na China, isoladamente, deve envolver cerca de 50 bilhões de dólares.

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