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Mortalidade por câncer cai drasticamente nos EUA

A mortalidade por câncer caiu ininterruptamente durante 20 anos, informou a Sociedade Americana contra o Câncer (ACS)

Inscrição "Mate o Câncer" no asfalto: negros americanos continuam registrando maior incidência de câncer e morte provocada por esta doença entre todos os grupos étnicos (Samantha Celera / Flickr)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2014 às 18h31.

O risco de morrer de câncer nos Estados Unidos caiu 20% em 20 anos, o que reflete uma prevenção maior e avanços no tratamento da doença, segundo o último relatório da Sociedade Americana contra o Câncer (ACS), difundido nesta terça-feira.

A mortalidade por câncer caiu ininterruptamente durante esse período, informou a ACS, destacando que os maiores avanços ocorreram em homens adultos negros. Neste grupo, a taxa de mortalidade por câncer caiu cerca de 50%.

Mas apesar destes feitos impressionantes, os negros americanos continuam registrando a maior incidência de câncer e morte provocada por esta doença entre todos os grupos étnicos e este grupo registra o dobro dos casos com relação aos asiáticos, os menos afetados.

De 2006 a 2010, últimas estatísticas disponíveis, a incidência de câncer diminuiu 0,6% ao ano entre os homens e permaneceu estável entre as mulheres. A taxa de mortalidade com esta doença, no entanto, caiu 1,8% ao ano entre os homens e 1,4% entre as mulheres.

A taxa combinada de mortalidade por câncer caiu nas últimas duas décadas para passar de um nível máximo de 215,1 para cada 100.000 habitantes em 1991 a 171,8 para cada 100.000 em 2010, segundo a ACS.

Essa diminuição de 2% se traduz em 1,34 milhão de mortes evitadas (952.700 homens e 387.700 mulheres) durante este período.

No entanto, a magnitude dessa redução varia significativamente de acordo com a idade, a origem étnica e o sexo dos doentes, passando de uma taxa de mortalidade que continua imutável entre mulheres brancas de 80 anos para uma queda de 55% entre homens negros de 40 a 49 anos.

"O progresso que estamos vendo é excelente e inclusive excepcional, mas podemos e devemos torná-lo melhor", disse John Seffrin, presidente da ACS.

"A redução à metade do risco de morte entre os homens negros de 40 a 49 anos em apenas duas décadas é algo extraordinário", destacou, mesmo tendo ressaltado que "a taxa de mortalidade com esta doença continua sendo mais alta entre os negros do que entre os brancos em quase todos os principais tipos de câncer".

Segundo o relatório, "essa disparidade racial na sobrevivência é explicada sobretudo pelas diferenças de tratamento no momento do diagnóstico".


Em 2014, o câncer matará 1.600 americanos por dia

O relatório da ACS também prevê 1.660.000 novos casos de câncer nos Estados Unidos em 2014, assim como 585.720 mortes - 1.600 por dia - como resultado desta doença.

Entre os homens, os cânceres de próstata, pulmão e cólon serão a metade de todos os tipos de câncer diagnosticados este ano, enquanto um em cada quatro cânceres será de próstata.

No caso das mulheres, os três tipos de câncer mais comumente diagnosticados em 2014 serão o de mama, o de pulmão e o de cólon, que representarão a metade de todos os casos. O câncer de mama equivalerá a 29% de todos os novos casos de câncer entre as mulheres, segundo projeções da ACS.

Os cânceres de pulmão, cólon, próstata e mama são as principais causas de morte relacionadas com esta doença, representando quase a metade do total de mortes por câncer entre homens e mulheres.

"Atualmente, estamos em um ponto de inflexão na história da medicina do câncer", disse o doutor Ronald DePinho, presidente do MD Anderson Cancer Center em Houston (Texas, sul dos EUA), um dos institutos mais importantes de pesquisas sobre a doença.

"Agora teremos uma profunda compreensão sobre os mecanismos do câncer e avanços tecnológicos que nos permitem tratar muito melhor os pacientes" e detectar antes os tumores, explicou em 2013 durante entrevista à emissora de televisão CNN.

Segundo ele, o avanço mais importante na última década foi a imunoterapia, "nossa capacidade de ensinar ao sistema imunológico do corpo a lutar com eficácia contra as células cancerosas".

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O risco de morrer de câncer nos Estados Unidos caiu 20% em 20 anos, o que reflete uma prevenção maior e avanços no tratamento da doença, segundo o último relatório da Sociedade Americana contra o Câncer (ACS), difundido nesta terça-feira.

A mortalidade por câncer caiu ininterruptamente durante esse período, informou a ACS, destacando que os maiores avanços ocorreram em homens adultos negros. Neste grupo, a taxa de mortalidade por câncer caiu cerca de 50%.

Mas apesar destes feitos impressionantes, os negros americanos continuam registrando a maior incidência de câncer e morte provocada por esta doença entre todos os grupos étnicos e este grupo registra o dobro dos casos com relação aos asiáticos, os menos afetados.

De 2006 a 2010, últimas estatísticas disponíveis, a incidência de câncer diminuiu 0,6% ao ano entre os homens e permaneceu estável entre as mulheres. A taxa de mortalidade com esta doença, no entanto, caiu 1,8% ao ano entre os homens e 1,4% entre as mulheres.

A taxa combinada de mortalidade por câncer caiu nas últimas duas décadas para passar de um nível máximo de 215,1 para cada 100.000 habitantes em 1991 a 171,8 para cada 100.000 em 2010, segundo a ACS.

Essa diminuição de 2% se traduz em 1,34 milhão de mortes evitadas (952.700 homens e 387.700 mulheres) durante este período.

No entanto, a magnitude dessa redução varia significativamente de acordo com a idade, a origem étnica e o sexo dos doentes, passando de uma taxa de mortalidade que continua imutável entre mulheres brancas de 80 anos para uma queda de 55% entre homens negros de 40 a 49 anos.

"O progresso que estamos vendo é excelente e inclusive excepcional, mas podemos e devemos torná-lo melhor", disse John Seffrin, presidente da ACS.

"A redução à metade do risco de morte entre os homens negros de 40 a 49 anos em apenas duas décadas é algo extraordinário", destacou, mesmo tendo ressaltado que "a taxa de mortalidade com esta doença continua sendo mais alta entre os negros do que entre os brancos em quase todos os principais tipos de câncer".

Segundo o relatório, "essa disparidade racial na sobrevivência é explicada sobretudo pelas diferenças de tratamento no momento do diagnóstico".


Em 2014, o câncer matará 1.600 americanos por dia

O relatório da ACS também prevê 1.660.000 novos casos de câncer nos Estados Unidos em 2014, assim como 585.720 mortes - 1.600 por dia - como resultado desta doença.

Entre os homens, os cânceres de próstata, pulmão e cólon serão a metade de todos os tipos de câncer diagnosticados este ano, enquanto um em cada quatro cânceres será de próstata.

No caso das mulheres, os três tipos de câncer mais comumente diagnosticados em 2014 serão o de mama, o de pulmão e o de cólon, que representarão a metade de todos os casos. O câncer de mama equivalerá a 29% de todos os novos casos de câncer entre as mulheres, segundo projeções da ACS.

Os cânceres de pulmão, cólon, próstata e mama são as principais causas de morte relacionadas com esta doença, representando quase a metade do total de mortes por câncer entre homens e mulheres.

"Atualmente, estamos em um ponto de inflexão na história da medicina do câncer", disse o doutor Ronald DePinho, presidente do MD Anderson Cancer Center em Houston (Texas, sul dos EUA), um dos institutos mais importantes de pesquisas sobre a doença.

"Agora teremos uma profunda compreensão sobre os mecanismos do câncer e avanços tecnológicos que nos permitem tratar muito melhor os pacientes" e detectar antes os tumores, explicou em 2013 durante entrevista à emissora de televisão CNN.

Segundo ele, o avanço mais importante na última década foi a imunoterapia, "nossa capacidade de ensinar ao sistema imunológico do corpo a lutar com eficácia contra as células cancerosas".

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