Morgan Stanley vai investir US$ 3 bilhões no mercado de carbono

O banco de investimentos Morgan Stanley apresentou nesta quinta-feira (26/10) um plano de investimentos de 3 bilhões de dólares para o mercado de carbono. Além de aplicar parte dos recursos na compra de créditos de carbono, a instituição também usará o dinheiro para implantar seus próprios projetos de geração de energia limpa.

Segundo o jornal britânico Financial Times, a decisão reflete o amadurecimento do mercado mundial de carbono. Recentemente, um relatório do Citigroup afirmou que é praticamente certo que este mercado se torne a principal arma para combater o aquecimento global, inclusive nos Estados Unidos, um dos países mais resistentes à adoção de políticas de controle de emissão de poluentes. O governo americano recusou-se, por exemplo, a assinar o Protocolo de Kyoto, nos anos 90, sob o argumento de que as medidas recomendadas comprometeriam a competitividade de sua indústria.

Mas, agora, alguns estados americanos começam dar sinais de que estão se alinhando ao discurso global de proteção ao meio ambiente. De acordo com o FT, a mudança de postura dos governadores americanos também contribuiu para que o Morgan Stanley decidisse entrar nesse mercado.

Nos próximos dias, o governo do Reino Unido deve divulgar um estudo propondo uma forte expansão das negociações de créditos de carbono. Também serão sugeridos mecanismos que incentivem as empresas de países desenvolvidos a promover a implantação de projetos ecologicamente corretos em países mais pobres.

O efetivo envolvimento dos países desenvolvidos poderia criar um mercado fabuloso, de acordo com os especialistas. Alguns apontam que o combate ao aquecimento global poderia gerar um mercado de 1 trilhão de dólares dentro de cinco anos, caso as nações líderes do mundo colaborassem.