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Missão dos observadores da ONU na Síria será em duas fases

O regime de Bashar al Assad aceitou o plano de paz de Annan, que incluía o desdobramento de uma missão de observadores para verificar o fim das hostilidades

O departamento de manutenção da paz da ONU está trabalhado "contra o relógio" para encontrar e preparar o desdobramento de tropas suficientes (Bulent Kilic/AFP)
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Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2012 às 09h59.

Genebra - A Síria aceitou o desdobramento de uma missão de observadores das Nações Unidas para a manutenção da paz, que será implementada em duas fases, afirmou nesta sexta-feira em Genebra Ahmad Fawzi, porta-voz do enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan.

O porta-voz explicou que o regime de Bashar al Assad aceitou o plano de paz de Annan, que incluía o desdobramento de uma missão de observadores para verificar o fim das hostilidades e a manutenção da paz.

"Nós entendemos que o Governo sírio está de acordo com o desdobramento dos observadores", afirmou Fawzi em entrevista coletiva.

"Não realizaríamos (a ONU) uma missão sem o acordo do país anfitrião, a menos que fosse sob o capítulo sétimo, que não é o caso", especificou, em referência ao capítulo da Carta das Nações Unidas que permite intervenções - incluindo as militares - para assegurar a manutenção da paz.

O porta-voz explicou que o general norueguês Robert Mood, que liderou uma missão de visita à síria há poucos dias, "discutiu de forma intensiva, extensa e exaustiva" com as autoridades sírias para preparar o trabalho dos observadores.

O desdobramento dos observadores das Nações Unidas na Síria será feito em duas fases, uma "missão avançada", e uma segunda, realizada caso o fim das hostilidades se mantenha.

"Se for mantido o cessar-fogo, vamos ver se há um autêntico fim das hostilidades, então poderemos desdobrar o segundo grupo que terá todas as capacidades para velar pela implementação do plano de seis pontos".

Está previsto que o Conselho de Segurança da ONU aprove nesta sexta-feira uma resolução na qual aprovará exclusivamente o desdobramento da primeira "missão avançada", especificou Fawzi. O primeiro grupo será formado por 12 pessoas que já estão prontas para viajar, e o segundo por 250 membros.

Com relação à segunda missão, o porta-voz disse que o departamento de manutenção da paz da ONU está trabalhado "contra o relógio" para encontrar e preparar o desdobramento de tropas suficientes.

Fawzi explicou que as nacionalidades dos membros que formarão a segunda missão ainda não está determinada, mas serão de "países aceitáveis para o país anfitrião".

O porta-voz se limitou a citar algumas regiões de origem dos observadores (Ásia, África, América do Sul), e acrescentou que alguns se encontram em países próximos à Síria.

A missão terá como objetivo prioritário velar para não haja mais hostilidades, mas pouco a pouco deverá ampliar seu espectro e verificar que os outros pontos do plano de Annan se cumpram de forma paralela.

O plano prevê, além disso, a abertura de um processo político que inclua as aspirações e preocupações do povo sírio; garantias ao acesso da ajuda humanitária; libertação dos presos políticos detidos de forma arbitrária; liberdade para o trabalho dos jornalistas em todo o país e respeito das autoridades à liberdade de associação e manifestação pacífica.

Consultado sobre se está "satisfeito" sobre o cumprimento do primeiro ponto, Fawzi respondeu que satisfeito era uma palavra "grande demais", e se limitou a parafrasear Annan, que na quinta-feira disse estar "encorajado" pelo desenvolvimento dos fatos.

"Há só dois dias ninguém acreditava que o cessar-fogo pudesse acontecer", concluiu.

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Genebra - A Síria aceitou o desdobramento de uma missão de observadores das Nações Unidas para a manutenção da paz, que será implementada em duas fases, afirmou nesta sexta-feira em Genebra Ahmad Fawzi, porta-voz do enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan.

O porta-voz explicou que o regime de Bashar al Assad aceitou o plano de paz de Annan, que incluía o desdobramento de uma missão de observadores para verificar o fim das hostilidades e a manutenção da paz.

"Nós entendemos que o Governo sírio está de acordo com o desdobramento dos observadores", afirmou Fawzi em entrevista coletiva.

"Não realizaríamos (a ONU) uma missão sem o acordo do país anfitrião, a menos que fosse sob o capítulo sétimo, que não é o caso", especificou, em referência ao capítulo da Carta das Nações Unidas que permite intervenções - incluindo as militares - para assegurar a manutenção da paz.

O porta-voz explicou que o general norueguês Robert Mood, que liderou uma missão de visita à síria há poucos dias, "discutiu de forma intensiva, extensa e exaustiva" com as autoridades sírias para preparar o trabalho dos observadores.

O desdobramento dos observadores das Nações Unidas na Síria será feito em duas fases, uma "missão avançada", e uma segunda, realizada caso o fim das hostilidades se mantenha.

"Se for mantido o cessar-fogo, vamos ver se há um autêntico fim das hostilidades, então poderemos desdobrar o segundo grupo que terá todas as capacidades para velar pela implementação do plano de seis pontos".

Está previsto que o Conselho de Segurança da ONU aprove nesta sexta-feira uma resolução na qual aprovará exclusivamente o desdobramento da primeira "missão avançada", especificou Fawzi. O primeiro grupo será formado por 12 pessoas que já estão prontas para viajar, e o segundo por 250 membros.

Com relação à segunda missão, o porta-voz disse que o departamento de manutenção da paz da ONU está trabalhado "contra o relógio" para encontrar e preparar o desdobramento de tropas suficientes.

Fawzi explicou que as nacionalidades dos membros que formarão a segunda missão ainda não está determinada, mas serão de "países aceitáveis para o país anfitrião".

O porta-voz se limitou a citar algumas regiões de origem dos observadores (Ásia, África, América do Sul), e acrescentou que alguns se encontram em países próximos à Síria.

A missão terá como objetivo prioritário velar para não haja mais hostilidades, mas pouco a pouco deverá ampliar seu espectro e verificar que os outros pontos do plano de Annan se cumpram de forma paralela.

O plano prevê, além disso, a abertura de um processo político que inclua as aspirações e preocupações do povo sírio; garantias ao acesso da ajuda humanitária; libertação dos presos políticos detidos de forma arbitrária; liberdade para o trabalho dos jornalistas em todo o país e respeito das autoridades à liberdade de associação e manifestação pacífica.

Consultado sobre se está "satisfeito" sobre o cumprimento do primeiro ponto, Fawzi respondeu que satisfeito era uma palavra "grande demais", e se limitou a parafrasear Annan, que na quinta-feira disse estar "encorajado" pelo desenvolvimento dos fatos.

"Há só dois dias ninguém acreditava que o cessar-fogo pudesse acontecer", concluiu.

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