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Ministro francês diz que uma caixa preta foi recuperada

O ministro do Interior da França disse que uma caixa preta do A320 da Germanwings foi localizada

Helicóptero de resgate sobrevoa a região dos alpes franceses após queda do Airbus A320 (Robert Pratta/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de março de 2015 às 16h20.

Paris - O ministro do Interior da França , Bernard Cazeneuve, disse que uma caixa preta do A320 da Germanwings, que caiu nos Alpes franceses nesta terça-feira, foi localizada.

A BEA, a agência de segurança de voo francesa, iniciará a análise do conteúdo da caixa preta ainda nesta terça-feira, informou o Ministério do Interior. Tais registros costumam ser fundamentais na determinação das causas de um acidente.

Em uma das caixas ficam registradas as conversas da cabine e a outra grava dados do sistema da aeronave. Não estava claro qual das duas foi recuperada.

A BEA informou que enviou sete investigadores para o local da queda ao avião, além de três investigadores alemães e conselheiros técnicos da Airbus.

O avião que fazia o voo 9525 da companhia levava 144 passageiros, dentre eles dois bebês, e seis tripulantes. Autoridades acreditam que 67 cidadãos alemães estavam a bordo, dentre eles 16 estudantes de um programa de intercâmbio. Autoridades holandesas disseram que um cidadão do país foi morto.

A chanceler alemã Angela Merkel conversou com o presidente francês François Hollande e com o primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy sobre o acidente, e cancelou todos os seus compromissos.

"A queda da um avião alemão com mais de 140 pessoas a bordo é um choque que mergulha todos nós na Alemanha, na França e na Espanha em profunda tristeza", disse Merkel, que deve ir até o local do acidente na quarta-feira.

O avião partiu do aeroporto de Barcelona às 10h01. Ele começou a descer pouco depois de atingir a altitude de cruzeiro, de 38 mil pés, informou o executivo-chefe da Germanwings,Thomas Winkelmann. Ele disse aos repórteres que o avião desceu durante oito minutos.

Segundo Eric Heraud, da Autoridade de Aviação Civil francesa, o avião perdeu contato com rádio às 10h30 (horário local) desta terça-feira, mas não "emitiu um alerta de socorro". Ele disse que a combinação de perda de contato com o centro de controle e a rápida queda da aeronave fez com que o serviço de controle declarasse uma situação de emergência.

"Não podemos dizer no momento por que nosso colega entrou em descida tão rapidamente e sem consultar previamente o controle de tráfego", disse o diretor de operações de voo da Germanwings, Stefan-Kenan Scheib.

O avião caiu em uma altitude de cerca de 2 mil metros (6.550 pés) em Meolans-Revels, próximo ao conhecido resort de esqui Pra Loup, que fica 700 quilômetros a sul-sudeste de Paris.

Controladores de tráfego franceses fizeram várias tentativas de contatar o avião da Germanwings, mas não obtiveram resposta, segundo Roger Rousseau, secretário-geral do sindicato SNCTA.

Rousseau disse que o avião não desviou de seu curso enquanto perdia altitude, o que é um padrão incomum para um avião em perigo. "O avião manteve sua trajetória e isso é surpreendente para nós. Se há perda de controle, os pilotos geralmente perdem o curso também", disse ele. "Isso não aconteceu neste caso."

A aeronave foi entregue para a Lufthansa em 1991 e tinha aproximadamente 58.300 horas de voo, divididas em cerca de 46.700 voos, informou a Airbus. O avião passou por uma verificação de rotina em Duesseldorf na segunda-feira. Já a verificação total regular mais recente havia acontecido no verão (no hemisfério norte) de 2013.

A Germanwings, unidade de baixo custo da Lufthansa, a maior companhia aérea da Alemanha, serve à maior parte dos destinos europeus. A empresa começou a operar em 2002 com o objetivo de competir com outras companhias aéreas de baixo custo.

A parte mais segura de um voo é geralmente quando ele está em altitude de cruzeiro. Apenas 10% dos acidentes fatais ocorrem nessa etapa da viagem, segundo análises de segurança feitas pela Boeing. Por outro lado, a decolagem e a subida inicial respondeM por 14% dos acidentes e a aproximação final e o pouso são etapas nas quais ocorrem 47% dos acidentes.

O A320 é uma potência da aviação moderna. O jato bimotor é usado para conectar cidades cuja distância pode ser coberta entre uma e cinco horas. O modelo é certificado para voar a até 39 mil pés, mas pode começar a apresentar problemas a 37 mil pés, dependendo da temperatura e do peso, incluindo combustível, carga e passageiros. Em todo o mundo há 3.606 A320 em operação, segundo a Airbus. A família A320 também tem bons registros de segurança com apenas 0,14 acidentes fatais por milhão de decolagens, de acordo com dados de segurança da Boeing. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

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Paris - O ministro do Interior da França , Bernard Cazeneuve, disse que uma caixa preta do A320 da Germanwings, que caiu nos Alpes franceses nesta terça-feira, foi localizada.

A BEA, a agência de segurança de voo francesa, iniciará a análise do conteúdo da caixa preta ainda nesta terça-feira, informou o Ministério do Interior. Tais registros costumam ser fundamentais na determinação das causas de um acidente.

Em uma das caixas ficam registradas as conversas da cabine e a outra grava dados do sistema da aeronave. Não estava claro qual das duas foi recuperada.

A BEA informou que enviou sete investigadores para o local da queda ao avião, além de três investigadores alemães e conselheiros técnicos da Airbus.

O avião que fazia o voo 9525 da companhia levava 144 passageiros, dentre eles dois bebês, e seis tripulantes. Autoridades acreditam que 67 cidadãos alemães estavam a bordo, dentre eles 16 estudantes de um programa de intercâmbio. Autoridades holandesas disseram que um cidadão do país foi morto.

A chanceler alemã Angela Merkel conversou com o presidente francês François Hollande e com o primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy sobre o acidente, e cancelou todos os seus compromissos.

"A queda da um avião alemão com mais de 140 pessoas a bordo é um choque que mergulha todos nós na Alemanha, na França e na Espanha em profunda tristeza", disse Merkel, que deve ir até o local do acidente na quarta-feira.

O avião partiu do aeroporto de Barcelona às 10h01. Ele começou a descer pouco depois de atingir a altitude de cruzeiro, de 38 mil pés, informou o executivo-chefe da Germanwings,Thomas Winkelmann. Ele disse aos repórteres que o avião desceu durante oito minutos.

Segundo Eric Heraud, da Autoridade de Aviação Civil francesa, o avião perdeu contato com rádio às 10h30 (horário local) desta terça-feira, mas não "emitiu um alerta de socorro". Ele disse que a combinação de perda de contato com o centro de controle e a rápida queda da aeronave fez com que o serviço de controle declarasse uma situação de emergência.

"Não podemos dizer no momento por que nosso colega entrou em descida tão rapidamente e sem consultar previamente o controle de tráfego", disse o diretor de operações de voo da Germanwings, Stefan-Kenan Scheib.

O avião caiu em uma altitude de cerca de 2 mil metros (6.550 pés) em Meolans-Revels, próximo ao conhecido resort de esqui Pra Loup, que fica 700 quilômetros a sul-sudeste de Paris.

Controladores de tráfego franceses fizeram várias tentativas de contatar o avião da Germanwings, mas não obtiveram resposta, segundo Roger Rousseau, secretário-geral do sindicato SNCTA.

Rousseau disse que o avião não desviou de seu curso enquanto perdia altitude, o que é um padrão incomum para um avião em perigo. "O avião manteve sua trajetória e isso é surpreendente para nós. Se há perda de controle, os pilotos geralmente perdem o curso também", disse ele. "Isso não aconteceu neste caso."

A aeronave foi entregue para a Lufthansa em 1991 e tinha aproximadamente 58.300 horas de voo, divididas em cerca de 46.700 voos, informou a Airbus. O avião passou por uma verificação de rotina em Duesseldorf na segunda-feira. Já a verificação total regular mais recente havia acontecido no verão (no hemisfério norte) de 2013.

A Germanwings, unidade de baixo custo da Lufthansa, a maior companhia aérea da Alemanha, serve à maior parte dos destinos europeus. A empresa começou a operar em 2002 com o objetivo de competir com outras companhias aéreas de baixo custo.

A parte mais segura de um voo é geralmente quando ele está em altitude de cruzeiro. Apenas 10% dos acidentes fatais ocorrem nessa etapa da viagem, segundo análises de segurança feitas pela Boeing. Por outro lado, a decolagem e a subida inicial respondeM por 14% dos acidentes e a aproximação final e o pouso são etapas nas quais ocorrem 47% dos acidentes.

O A320 é uma potência da aviação moderna. O jato bimotor é usado para conectar cidades cuja distância pode ser coberta entre uma e cinco horas. O modelo é certificado para voar a até 39 mil pés, mas pode começar a apresentar problemas a 37 mil pés, dependendo da temperatura e do peso, incluindo combustível, carga e passageiros. Em todo o mundo há 3.606 A320 em operação, segundo a Airbus. A família A320 também tem bons registros de segurança com apenas 0,14 acidentes fatais por milhão de decolagens, de acordo com dados de segurança da Boeing. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

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