Ministro diz que sanções contra Rússia afetam petróleo
Sanções proíbem o fornecimento de certos bens e tecnologias para a Rússia utilizar no Ártico, em águas profundas e na produção e exploração de óleo de xisto
Da Redação
Publicado em 10 de setembro de 2014 às 09h24.
Moscou - O ministro de Recursos Naturais da Rússia , Sergei Donskoy, disse nesta quarta-feira que as sanções do Ocidente tiveram um impacto no nascente setor de petróleo de difícil extração do país, visto como uma próxima fonte de riqueza fundamental, relatou a agência de notícias Interfax.
A produção de larga escala de petróleo não convencional na Rússia, a maior produtora de petróleo bruto do mundo, está de 5 a 10 anos distante de sua capacidade, embora alguns poços tenham começado a produção mesmo ainda não sendo economicamente viáveis.
"As sanções já tiveram impacto na produção de reservas de difícil recuperação. Como regra, nossos trabalhadores utilizam tecnologias estrangeiras e tentam adaptá-las às nossas condições", disse Donskoy à agência russa.
Os Estados Unidos e a União Europeia impuseram sanções sobre Moscou por conta de seu papel no conflito ucraniano, limitando acesso ao financiamento de sua principal produtora de petróleo, a Rosneft, e à maior companhia não estatal de gás natural, a Novatek.
As sanções proíbem o fornecimento de certos bens e tecnologias para a Rússia utilizar no Ártico, em águas profundas e na produção e exploração de óleo de xisto.
"Um das esferas que pode ser afetada por sanções é a (produção) em alto mar, devido à grande exposição a tecnologias estrangeiras", disse ele, segundo a Interfax.
Ele também disse que as companhias russas podem ter acesso a equipamentos de outros países, tais como a China.
Estima-se que 75 bilhões de barris de recursos petrolíferos de xisto tecnicamente recuperáveis possam estar sob a formação russa de Bazhenov, de acordo com a Administração de Informação Energética dos Estados Unidos, mais do que nos Estados Unidos, o maior produtor mundial de óleo de xisto.
No entanto, a extração desse óleo em grande escala está a anos de distância, segundo uma nota da agência de classificação de risco Standard & Poor's, no mês passado.