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Milei diz que está reescrevendo parte da teoria econômica e mereceria um Nobel de Economia

Milei diz que fez "o maior ajuste fiscal da história da humanidade”, mas não se aprofundou no assunto

Mesmo com o discurso otimista de Milei, a situação econômica do país continua dramática (Oscar Rivera/AFP)
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 25 de junho de 2024 às 10h46.

O presidente da Argentina, Javier Milei , disse nesta segunda-feira, durante evento na República Checa, que ele e seu gabinete estão “reescrevendo grande parte da teoria econômica” e que por isso poderiam receber um Nobel de Economia.

“Com meu chefe de assessores, o doutor Demian Reidel, estamos reescrevendo grande parte da teoria econômica. Se terminarmos bem, provavelmente eu sou o Nobel de Economia junto com Demian”, disse Milei em Praga.

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Milei visitou a capital da República Checa no meio de seu giro pela Europa para receber um prêmio outorgado por um grupo de antigos dirigentes do Instituto Liberal da República Checa pela sua “contribuição para o desenvolvimento do pensamento liberal”. No entanto, por se tratar de uma iniciativa de pessoas que não se encontraram mais vinculadas à instituição, o reconhecimento não é oficial.

Milei e o Nobel de Economia

Antes de fazer referência à possibilidade de ganhar um Nobel,Milei destacou algumas ações de seu governo nos últimos meses, como levar a inflação de alimentos da última semana para 0% — “algo que não se via há 30 anos ”, segundo o presidente argentino.

Durante seu discurso em Praga, o mandatário da Argentina atribuiu o resultado ao "maior ajuste fiscal da história da humanidade” (sem dar contexto à afirmação) e dos esforços para estabilizar a economia nos seis primeiros meses de seu governo.

“A Argentina é um país que até pouco dominou as ideias da esquerda, até que em dezembro os 56% disseram que queriam uma mudança a favor da liberdade e elegeram um especialista em crescimento econômico. No momento em que chegamos ao poder, a Argentina estava em 140º lugar no ranking, com mais de 50% de pobres”, disse.

Milei apontou que a inflação e a falta de crescimento — nos últimos 10 anos o PIB per capita caiu 15% — são “problemas muito claros que arrasam o país", apesar de a Argentina ter o "potencial para crescer”. Para isso, o governo de Javier Milei pretende implantar 3.200 reformas "que deveriam levar o país a ser o mais livre e rico do mundo”, segundo o mandatário.

Argentina entra em recessão técnica após PIB cair 5,1%

Mesmo com o discurso otimista de Milei, a situação econômica do país continua dramática como um tango. O PIB registrou uma queda de 5,1% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2023.Com isso, o país entrou em recessão técnica, caracterizada por dois trimestres consecutivos de retração econômica.

No último trimestre do ano passado, o PIB argentino havia registrado uma queda de 1,4%. O presidente argentino Javier Milei, assumiu o cargo em dezembro de 2023 e tomou medidas duras para conter a inflação, como reduzir o valor de aposentadorias e cortar gastos públicos. Essas medidas ajudaram a esfriar a economia do país.

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