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Meshaal vê ambiente propício para que reconciliação triunfe

Dirigente ressaltou que bom ambiente para reconciliação foi impulsionado após a recente agressão israelense a Gaza e aceitação da Palestina como Estado Observador da ONU

O líder do Hamas, Khaled Meshaal: Meshaal e Abbas se reuniram na quarta-feira no Cairo pela primeira vez em 11 meses (REUTERS)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2013 às 17h55.

Cairo - O líder do movimento palestino Hamas, Khaled Meshaal, afirmou nesta quinta-feira que foi criado "um ambiente propício para que a reconciliação triunfe" entre as distintas facções palestinas, que há um ano tratam de pôr um fim à divisão.

Em entrevista coletiva no Cairo e após uma reunião com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, o chefe do escritório político do Hamas negou que estes encontros sejam "uma continuação do passado", em alusão a outras rodadas de conversas que ficaram que não saíram do papel.

O dirigente ressaltou, igualmente, que o bom ambiente para a reconciliação foi impulsionado após a recente agressão israelense a Gaza, a aceitação da Palestina como Estado Observador da ONU e os passos de aproximação entre seu grupo e o Fatah, liderado por Abbas.

Meshaal e Abbas se reuniram na quarta-feira no Cairo pela primeira vez em 11 meses e acordaram começar a aplicar imediatamente o pacto de reconciliação assinado em maio de 2011 no Egito, segundo disse o líder do Hamas e informou previamente a Presidência egípcia.

Durante a entrevista coletiva que ofereceu junto ao secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Araby, o dirigente islamita afirmou que para recuperar os direitos do povo palestino e estabelecer um Estado palestino independente é preciso uma "estratégia palestina e árabe unida".

Neste sentido, explicou que tratou em sua reunião com Al Arabi de colocar um fim à colonização de Israel, conseguir um estado com soberania verdadeira e recuperar seus direitos, entre eles o retorno dos refugiados.

Por sua vez, o secretário-geral da Liga Árabe falou que a causa palestina é "a primeira causa para todos os países árabes".


Al Arabi se reuniu nesta quinta com Meshaal e também com Abbas, com quem analisou os esforços desdobrados para acabar com a divisão palestina e a continuação por parte de Israel de construir assentamentos.

Sobre as conversas entre Meshaal e Abbas, a nota da Presidencia egípcia indicou que ambos resolveram convidar o Comitê de Desenvolvimento e Ativação da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), a primeira semana de fevereiro para pactuar um calendário para implementar os pontos do acordo.

Neste sentido, Osama Amre, o chefe do escritório de imprensa do "número dois" do Hamas, Moussa Abu Marzuk, disse à Agência Efe que a reunião de fevereiro contará com a presença de todos os secretários gerais das facções palestinas para estudar a reforma da OLP.

Amre explicou que durante o processo de reconciliação, o principal ponto de divergência foi o de procedimento, relacionando com o a realização das próximas eleições legislativas e presidenciais.

Além disso, afirmou que as conversas se desenvolveram em "um ambiente positivo" e que a prioridade neste momento é a reforma da OLP para estabelecer o Estado Palestino.

Em declarações ontem à noite aos jornalistas no Cairo, Abbas destacou que ambos se comprometeram a cumprir com o estipulado no passado no Catar e no Egito e concordaram na necessidade de realização de eleições palestinas.

A disputa entre as duas facções acontece desde junho de 2007, quando os islamitas tomaram o controle da Faixa de Gaza após expulsar as forças leais a Abbas, o que originou dois Governos palestinos: um do Hamas em Gaza e outro da ANP na Cisjordânia.

Após os últimos gestos em favor da unidade palestina, o encontro bilateral de quarta-feira entre Abbas e Meshaal se centrou em revisar aspectos do acordo assinado em maio de 2011, como a formação de um novo Governo de união nacional palestino.

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Cairo - O líder do movimento palestino Hamas, Khaled Meshaal, afirmou nesta quinta-feira que foi criado "um ambiente propício para que a reconciliação triunfe" entre as distintas facções palestinas, que há um ano tratam de pôr um fim à divisão.

Em entrevista coletiva no Cairo e após uma reunião com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, o chefe do escritório político do Hamas negou que estes encontros sejam "uma continuação do passado", em alusão a outras rodadas de conversas que ficaram que não saíram do papel.

O dirigente ressaltou, igualmente, que o bom ambiente para a reconciliação foi impulsionado após a recente agressão israelense a Gaza, a aceitação da Palestina como Estado Observador da ONU e os passos de aproximação entre seu grupo e o Fatah, liderado por Abbas.

Meshaal e Abbas se reuniram na quarta-feira no Cairo pela primeira vez em 11 meses e acordaram começar a aplicar imediatamente o pacto de reconciliação assinado em maio de 2011 no Egito, segundo disse o líder do Hamas e informou previamente a Presidência egípcia.

Durante a entrevista coletiva que ofereceu junto ao secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Araby, o dirigente islamita afirmou que para recuperar os direitos do povo palestino e estabelecer um Estado palestino independente é preciso uma "estratégia palestina e árabe unida".

Neste sentido, explicou que tratou em sua reunião com Al Arabi de colocar um fim à colonização de Israel, conseguir um estado com soberania verdadeira e recuperar seus direitos, entre eles o retorno dos refugiados.

Por sua vez, o secretário-geral da Liga Árabe falou que a causa palestina é "a primeira causa para todos os países árabes".


Al Arabi se reuniu nesta quinta com Meshaal e também com Abbas, com quem analisou os esforços desdobrados para acabar com a divisão palestina e a continuação por parte de Israel de construir assentamentos.

Sobre as conversas entre Meshaal e Abbas, a nota da Presidencia egípcia indicou que ambos resolveram convidar o Comitê de Desenvolvimento e Ativação da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), a primeira semana de fevereiro para pactuar um calendário para implementar os pontos do acordo.

Neste sentido, Osama Amre, o chefe do escritório de imprensa do "número dois" do Hamas, Moussa Abu Marzuk, disse à Agência Efe que a reunião de fevereiro contará com a presença de todos os secretários gerais das facções palestinas para estudar a reforma da OLP.

Amre explicou que durante o processo de reconciliação, o principal ponto de divergência foi o de procedimento, relacionando com o a realização das próximas eleições legislativas e presidenciais.

Além disso, afirmou que as conversas se desenvolveram em "um ambiente positivo" e que a prioridade neste momento é a reforma da OLP para estabelecer o Estado Palestino.

Em declarações ontem à noite aos jornalistas no Cairo, Abbas destacou que ambos se comprometeram a cumprir com o estipulado no passado no Catar e no Egito e concordaram na necessidade de realização de eleições palestinas.

A disputa entre as duas facções acontece desde junho de 2007, quando os islamitas tomaram o controle da Faixa de Gaza após expulsar as forças leais a Abbas, o que originou dois Governos palestinos: um do Hamas em Gaza e outro da ANP na Cisjordânia.

Após os últimos gestos em favor da unidade palestina, o encontro bilateral de quarta-feira entre Abbas e Meshaal se centrou em revisar aspectos do acordo assinado em maio de 2011, como a formação de um novo Governo de união nacional palestino.

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