Mercosul vai adiar para agosto transferência de presidência
Em uma breve visita a Montevidéu na semana passada, o chanceler brasileiro, José Serra, disse ter apresentado ao seu colega uruguaio esta proposta
Da Redação
Publicado em 11 de julho de 2016 às 10h19.
O Mercosul adiará para agosto, como queria o Brasil, a transferência da presidência 'pro tempore', atualmente nas mãos do Uruguai, e que deveria recair sobre a Venezuela , informaram fontes oficiais à AFP.
Em uma reunião de chanceleres de Uruguai e Paraguai com os vice-chanceleres de Brasil e Argentina que será realizada em Montevidéu nesta segunda-feira, será aprovada a moção brasileira, afirmaram fontes que participarão do encontro e que pediram o anonimato.
O Uruguai havia se mostrado reticente em adiar a transferência de comando da agenda do bloco regional à Venezuela. Mas finalmente, segundo as fontes, aceitará que a decisão seja adiada até agosto, como pediu o Brasil, enfatizaram.
Paraguai e Brasil se opõem que a Venezuela assuma a presidência do bloco.
Em uma breve visita a Montevidéu na semana passada, o chanceler brasileiro, José Serra, disse ter apresentado ao seu colega uruguaio, Rodolfo Nin Novoa, esta proposta.
Serra também manifestou preocupação pela situação na Venezuela, cujo chanceler, Delcy Rodríguez, acusou Brasília de fomentar uma "conspiração" para evitar que Maduro assuma o posto.
O ministro uruguaio, ao contrário do brasileiro, não compareceu ante a imprensa, e em um curto comunicado emitido dois dias depois do encontro com Serra reiterou sua vontade de entregar a liderança ao governo de Nicolás Maduro.
O Paraguai, por sua vez, não aceita a transferência da presidência pro tempore do bloco regional a um Estado cujo governo - alega - "está buscando o fechamento de um poder do Estado através do Supremo Tribunal de Justiça, o fechamento da Assembleia Nacional, que é a voz do povo", declarou seu chanceler, Eladio Loizaga, na semana passada.
Do lado argentino, Macri havia dito ao jornal espanhol ABC que o governo venezuelano de Maduro "violou todos os direitos humanos" e "levou à fome e ao abandono a população venezuelana. Por isso precisam de um referendo, precisam fazer eleições o mais rápido possível".
Assim, o governo de Tabaré Vázquez parece ter ficado sozinho em sua decisão, e o Brasil ganhou a disputa.
O Executivo uruguaio está sob forte pressão de alguns setores do partido no governo, a esquerdista Frente Ampla, para que entregue a presidência à Venezuela e cumpra, desta forma, com a norma em vigor no Mercosul, que aponta uma rotação semestral da presidência pro tempore do grupo.
O Mercosul suspendeu sua cúpula presidencial de julho em meio a uma nova e profunda crise do bloco regional fundado em 1991, ao qual a Venezuela entrou em 2012 enquanto o Paraguai estava suspenso.
A reunião desta segunda-feira foi mantida com discrição pelo governo anfitrião. Não houve um comunicado oficial sobre o evento ou confirmação sobre os participantes, o horário ou local da reunião.
O Mercosul adiará para agosto, como queria o Brasil, a transferência da presidência 'pro tempore', atualmente nas mãos do Uruguai, e que deveria recair sobre a Venezuela , informaram fontes oficiais à AFP.
Em uma reunião de chanceleres de Uruguai e Paraguai com os vice-chanceleres de Brasil e Argentina que será realizada em Montevidéu nesta segunda-feira, será aprovada a moção brasileira, afirmaram fontes que participarão do encontro e que pediram o anonimato.
O Uruguai havia se mostrado reticente em adiar a transferência de comando da agenda do bloco regional à Venezuela. Mas finalmente, segundo as fontes, aceitará que a decisão seja adiada até agosto, como pediu o Brasil, enfatizaram.
Paraguai e Brasil se opõem que a Venezuela assuma a presidência do bloco.
Em uma breve visita a Montevidéu na semana passada, o chanceler brasileiro, José Serra, disse ter apresentado ao seu colega uruguaio, Rodolfo Nin Novoa, esta proposta.
Serra também manifestou preocupação pela situação na Venezuela, cujo chanceler, Delcy Rodríguez, acusou Brasília de fomentar uma "conspiração" para evitar que Maduro assuma o posto.
O ministro uruguaio, ao contrário do brasileiro, não compareceu ante a imprensa, e em um curto comunicado emitido dois dias depois do encontro com Serra reiterou sua vontade de entregar a liderança ao governo de Nicolás Maduro.
O Paraguai, por sua vez, não aceita a transferência da presidência pro tempore do bloco regional a um Estado cujo governo - alega - "está buscando o fechamento de um poder do Estado através do Supremo Tribunal de Justiça, o fechamento da Assembleia Nacional, que é a voz do povo", declarou seu chanceler, Eladio Loizaga, na semana passada.
Do lado argentino, Macri havia dito ao jornal espanhol ABC que o governo venezuelano de Maduro "violou todos os direitos humanos" e "levou à fome e ao abandono a população venezuelana. Por isso precisam de um referendo, precisam fazer eleições o mais rápido possível".
Assim, o governo de Tabaré Vázquez parece ter ficado sozinho em sua decisão, e o Brasil ganhou a disputa.
O Executivo uruguaio está sob forte pressão de alguns setores do partido no governo, a esquerdista Frente Ampla, para que entregue a presidência à Venezuela e cumpra, desta forma, com a norma em vigor no Mercosul, que aponta uma rotação semestral da presidência pro tempore do grupo.
O Mercosul suspendeu sua cúpula presidencial de julho em meio a uma nova e profunda crise do bloco regional fundado em 1991, ao qual a Venezuela entrou em 2012 enquanto o Paraguai estava suspenso.
A reunião desta segunda-feira foi mantida com discrição pelo governo anfitrião. Não houve um comunicado oficial sobre o evento ou confirmação sobre os participantes, o horário ou local da reunião.