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Mercadante: não há razão para reabertura dos 'aloprados'

Ministro enfatizou que não existe fato novo que justifique a tentativa de reabrir a investigação do caso, conforme representação feita pelo PSDB

Mercadante: "Se o Quércia estivesse vivo, essa história fantasiosa não se sustentava em pé meia hora" (Antonio Cruz/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2011 às 13h52.

Brasília - Durante mais de meia hora, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, defendeu-se das recentes denúncias veiculadas pela revista Veja, que o apontaram como um dos mentores da compra de um dossiê contra o tucano José Serra nas eleições de 2006, no episódio que ficou conhecido como "dossiê dos aloprados".

Em entrevista à Veja, Expedido Veloso, um dos petistas envolvidos no caso, afirmou que o ministro era um dos responsáveis por arrecadar parte do R$ 1,7 milhão que seriam usados para a compra de informações e acabaram apreendidos pela Polícia Federal às vésperas da eleição. Ainda segundo Veloso, o dinheiro teria sido arrecadado em parceria com o ex-governador de São Paulo e presidente regional do PMDB, Orestes Quércia, morto em dezembro.

Em sua exposição, Mercadante enfatizou que não existe fato novo que justifique a tentativa de reabrir a investigação do caso, conforme representação endereçada à Procuradoria Geral da República pelo PSDB. Ele afirmou que o "aparente fato novo", fundado na entrevista de Expedito Veloso, baseia-se numa premissa falsa que seria a suposta aliança entre ele e Quércia, na campanha de 2006, para arrecadar recursos para a compra do dossiê.

"Essa tese não é nova, foi fartamente alimentada na imprensa na época e foi desprezada pelo Ministério Público. Por que volta hoje? Por que o Quércia está morto? Se o Quércia estivesse vivo, essa história fantasiosa não se sustentava em pé meia hora", criticou Mercadante. O petista enfatizou que é fato público e notório que Orestes Quércia sempre foi aliado do PSDB, e não do PT, em São Paulo.

Mercadante também lembrou que na época da abertura do inquérito para investigá-lo no Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República destacou a falta de provas ligando-o ao episódio e pediu a anulação de seu indiciamento. O ministro destacou, ainda, que o STF decidiu pela sua inocência, recomendando o arquivamento do caso, por unanimidade de votos.

O ministro negou, ainda, que tenha havido uma reunião com a presença da hoje ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti - na época, líder do PT no Senado - e o petista Jorge Lorenzetti, envolvido na compra do dossiê. Mercadante frisou que não houve essa reunião e que Lorenzetti nunca entrou no gabinete dele no Senado.

Por fim, o ministro lembrou que além de ter sido absolvido pelo STF, ele não apareceu como envolvido no caso no relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigou o episódio em 2006, nem foi citado pelo próprio PSDB na representação enviada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) naquele ano.

"O alvo era a eleição presidencial", frisou Mercadante, lembrando que o episódio acabou levando a disputa presidencial para o segundo turno, entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o hoje governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

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Brasília - Durante mais de meia hora, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, defendeu-se das recentes denúncias veiculadas pela revista Veja, que o apontaram como um dos mentores da compra de um dossiê contra o tucano José Serra nas eleições de 2006, no episódio que ficou conhecido como "dossiê dos aloprados".

Em entrevista à Veja, Expedido Veloso, um dos petistas envolvidos no caso, afirmou que o ministro era um dos responsáveis por arrecadar parte do R$ 1,7 milhão que seriam usados para a compra de informações e acabaram apreendidos pela Polícia Federal às vésperas da eleição. Ainda segundo Veloso, o dinheiro teria sido arrecadado em parceria com o ex-governador de São Paulo e presidente regional do PMDB, Orestes Quércia, morto em dezembro.

Em sua exposição, Mercadante enfatizou que não existe fato novo que justifique a tentativa de reabrir a investigação do caso, conforme representação endereçada à Procuradoria Geral da República pelo PSDB. Ele afirmou que o "aparente fato novo", fundado na entrevista de Expedito Veloso, baseia-se numa premissa falsa que seria a suposta aliança entre ele e Quércia, na campanha de 2006, para arrecadar recursos para a compra do dossiê.

"Essa tese não é nova, foi fartamente alimentada na imprensa na época e foi desprezada pelo Ministério Público. Por que volta hoje? Por que o Quércia está morto? Se o Quércia estivesse vivo, essa história fantasiosa não se sustentava em pé meia hora", criticou Mercadante. O petista enfatizou que é fato público e notório que Orestes Quércia sempre foi aliado do PSDB, e não do PT, em São Paulo.

Mercadante também lembrou que na época da abertura do inquérito para investigá-lo no Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República destacou a falta de provas ligando-o ao episódio e pediu a anulação de seu indiciamento. O ministro destacou, ainda, que o STF decidiu pela sua inocência, recomendando o arquivamento do caso, por unanimidade de votos.

O ministro negou, ainda, que tenha havido uma reunião com a presença da hoje ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti - na época, líder do PT no Senado - e o petista Jorge Lorenzetti, envolvido na compra do dossiê. Mercadante frisou que não houve essa reunião e que Lorenzetti nunca entrou no gabinete dele no Senado.

Por fim, o ministro lembrou que além de ter sido absolvido pelo STF, ele não apareceu como envolvido no caso no relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigou o episódio em 2006, nem foi citado pelo próprio PSDB na representação enviada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) naquele ano.

"O alvo era a eleição presidencial", frisou Mercadante, lembrando que o episódio acabou levando a disputa presidencial para o segundo turno, entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o hoje governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

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