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Médico do ataque em NY acusa hospital de travar sua carreira

O ataque causou a morte de uma médica, que não foi identificada, e deixou outros seis feridos, cinco em estado grave

Polícia e Bombeiros em frente ao hospital onde ocorreu tiroteio em NY (Brendan Mcdermid/Reuters)

Polícia e Bombeiros em frente ao hospital onde ocorreu tiroteio em NY (Brendan Mcdermid/Reuters)

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EFE

Publicado em 1 de julho de 2017 às 15h57.

Nova York - O médico que atacou com um fuzil um hospital e acabou matando uma colega de profissão na sexta-feira em em Nova York, além de deixar outros seis feridos, tinha acusado o centro de travar sua carreira, informou neste sábado o jornal "New York Daily News".

Em um e-mail dirigido a esse meio duas horas antes de cometer o crime, Henry Bello, de 45 anos e ex-funcionário do Bronx-Lebanon Hospital, disse que o centro "acabou com seu caminho para uma acreditação para a prática da medicina", ainda que não tenha deixado claro suas intenções.

"Primeiro, me disseram que era porque sempre fui reservado. Depois era por um problema com uma enfermeira (...). Depois me disseram que foi porque ameacei uma companheira", escreveu o médico, que atribuíu a vários funcionários sua demissão.

Segundo recolhe o jornal, o autor do ataque foi forçado a deixar seu posto como médico residente há dois anos por conta de uma acusação de assédio sexual.

Após ser demitido, o médico declarou ter escrito a uma doutora "felicitando-a" pela rescisão do seu contrato depois que supostamente ter encorajado outros companheiros a apresentar queixas contra ele "por ser mal-educado".

Além disso, acusou outro médico de estar por trás dessas queixas "falsas" e de "impedir" sua obtenção de uma permissão de médico após ter gasto US$ 400 mil no hospital e no Departamento de Medicina Familiar.

Por volta das 14h55 local (15h55, em Brasília) de sexta-feira, Bello entrou no Bronx-Lebanon Hospital vestido com um jaleco branco no qual escondia um fuzil AR-15 e se dirigiu a seu antigo departamento, onde abriu fogo, de acordo com o canal "ABC 7".

O ataque causou a morte de uma médica, que não foi identificada, e deixou outros seis feridos, cinco em estado grave, informaram as autoridades.

Neste sábado, quatro feridos já apresentavam condição estável e dois estavam em estado crítico, segundo o canal de televisão. As autoridades acharam o agressor morto no 17° andar do edifício.

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