May pede desculpas por erros a afetados em incêndio em Londres
A premiê apontou que as vítimas não receberam informações adequadas sobre quais ajudas estavam disponíveis a elas
EFE
Publicado em 21 de junho de 2017 às 14h11.
Londres - A primeira-ministra do Reino Unido, a conservadora Theresa May , pediu nesta quarta-feira desculpas pelos erros na assistência aos afetados pelo incêndio de um prédio residencial de Londres na semana passada, no qual pelo menos 79 pessoas morreram.
Durante o debate na Câmara dos Comuns sobre o seu programa de governo para os próximos dois anos, a primeira-ministra admitiu que o apoio dado às famílias que viviam na torre Grenfell "não foi suficientemente bom".
A premiê apontou que algumas das pessoas que ficaram sem lar e sem pertences por conta do incêndio não receberam informações adequadas sobre quais ajudas estavam disponíveis a elas.
"Como primeira-ministra, peço desculpas por esse erro", disse May, que descreveu a falta de apoio aos afetados como "um erro do Estado, a nível local e nacional, na hora de ajudar as pessoas que mais necessitavam".
May, que recebeu críticas por parte da oposição e das famílias afetadas por seu papel na gestão da crise, afirmou que assumiu "a responsabilidade de fazer o possível para consertar as coisas".
Pouco antes de começar o debate no Parlamento, o ministro para as Comunidades, Sajid Javid, anunciou que as famílias que estão sem casa após o incêndio serão abrigadas em 68 apartamentos de um e dois dormitórios em um prédio próximo à torre Grenfell.
O imóvel incendiado está situado no distrito de Kensington e Chelsea, no oeste de Londres.
As novas propriedades adquiridas pelo governo para realojar os afetados fazem parte do que se considera "habitação social de nova construção", em uma área na qual os preços dos apartamentos oscilam entre 1,5 milhão de libras e 8,5 milhões de libras.
Durante o debate no Parlamento, centenas de pessoas protestaram pelo incêndio e pediam "justiça" para as vítimas em uma passeata de mais de sete quilômetros desde o oeste de Londres até o palácio de Westminster, no centro da capital britânica.
No início da marcha, antigos moradores da torre pediram aos manifestantes que evitassem ações violentas durante o protesto.
"Quero dar uma mensagem simples: por favor, todos aqueles que protestam, não precisamos de violência nesta comunidade, não queremos isso no nosso nome. Por favor, não desonrem os afetados recorrendo à violência", disse Mahad Egal, que morava no quarto andar da torre Grenfell.
Na passagem da marcha por Downing Street, onde fica a residência oficial da primeira-ministra, a polícia deteve um homem e houve momentos de tensão quando os manifestantes gritaram palavras de ordem contra o governo.