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Manifestantes exigem anulação da candidatura de presidente

Milhares de pessoas se concentraram em Dacar para exigir a anulação da candidatura do presidente do Senegal, Abdoulaye Wade

Diversos oradores tomaram a palavra para exigir a retirada da candidatura de Wade, de 85 anos e que tenta o terceiro mandato consecutivo (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2012 às 19h21.

Daca - Milhares de pessoas se concentraram nesta terça-feira na praça do Obelisco de Dacar para exigir a anulação da candidatura do presidente do Senegal, Abdoulaye Wade, às eleições presidenciais do dia 26 de fevereiro.

A manifestação, inicialmente proibida, foi finalmente permitida pelas autoridades a fim de preservar o clima de paz e tranquilidade a cinco dias do começo da campanha eleitoral.

Diversos oradores tomaram a palavra para exigir a retirada da candidatura de Wade, de 85 anos e que tenta o terceiro mandato consecutivo, o que a oposição considera inconstitucional.

O líder do Movimento 23 de Junho (M-23), Amath Dansokho, elogiou a mobilização popular e especialmente a dos jovens para manifestar sua hostilidade à candidatura de Wade.

'Esta mobilização evidencia a firme determinação do povo de rejeitar, custe o que custar, a ditadura do presidente Wade no Senegal', afirmou Dansokho.

Alioune Tine, coordenador do M-23, tomou depois a palavra para deixar claro que a ocupação da Praça do Obelisco seguirá pelo tempo que for necessário para obrigar Wade a desistir da candidatura.

'Nós estamos enfrentando um golpe de estado constitucional que abre caminho para um golpe de estado eleitoral', disse Tine.


Finalmente, as forças de segurança entraram em conflito com os concentrados e os obrigaram a se dispersar. Alguns manifestantes fugiram para os bairros vizinhos de Colobane e Fass, onde levantaram barricadas com pneus em chamas.

Esses bairros se transformaram em campos de batalha entre manifestantes e policiais em uma intensa troca de bombas de gás lacrimogêneo e pedras.

Moustapha Niasse, ex-primeiro-ministro e agora candidato presidencial pela frente da Aliança das Forças de Progresso (AFP), condenou o ataque policial, que considerou injustificado.

'Nós convocamos uma manifestação pacífica para reiterar nossa total oposição a um terceiro mandato de Wade', declarou Niasse à imprensa, acusando o atual presidente de estimular a instabilidade no país para dispor de um álibi para adiar as eleições e permanecer no poder.

Até o momento, pelo menos três pessoas morreram e várias outras ficaram feridas em diversas cidades do Senegal desde a última sexta-feira, quando se intensificaram os protestos contra a candidatura de Wade.

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Daca - Milhares de pessoas se concentraram nesta terça-feira na praça do Obelisco de Dacar para exigir a anulação da candidatura do presidente do Senegal, Abdoulaye Wade, às eleições presidenciais do dia 26 de fevereiro.

A manifestação, inicialmente proibida, foi finalmente permitida pelas autoridades a fim de preservar o clima de paz e tranquilidade a cinco dias do começo da campanha eleitoral.

Diversos oradores tomaram a palavra para exigir a retirada da candidatura de Wade, de 85 anos e que tenta o terceiro mandato consecutivo, o que a oposição considera inconstitucional.

O líder do Movimento 23 de Junho (M-23), Amath Dansokho, elogiou a mobilização popular e especialmente a dos jovens para manifestar sua hostilidade à candidatura de Wade.

'Esta mobilização evidencia a firme determinação do povo de rejeitar, custe o que custar, a ditadura do presidente Wade no Senegal', afirmou Dansokho.

Alioune Tine, coordenador do M-23, tomou depois a palavra para deixar claro que a ocupação da Praça do Obelisco seguirá pelo tempo que for necessário para obrigar Wade a desistir da candidatura.

'Nós estamos enfrentando um golpe de estado constitucional que abre caminho para um golpe de estado eleitoral', disse Tine.


Finalmente, as forças de segurança entraram em conflito com os concentrados e os obrigaram a se dispersar. Alguns manifestantes fugiram para os bairros vizinhos de Colobane e Fass, onde levantaram barricadas com pneus em chamas.

Esses bairros se transformaram em campos de batalha entre manifestantes e policiais em uma intensa troca de bombas de gás lacrimogêneo e pedras.

Moustapha Niasse, ex-primeiro-ministro e agora candidato presidencial pela frente da Aliança das Forças de Progresso (AFP), condenou o ataque policial, que considerou injustificado.

'Nós convocamos uma manifestação pacífica para reiterar nossa total oposição a um terceiro mandato de Wade', declarou Niasse à imprensa, acusando o atual presidente de estimular a instabilidade no país para dispor de um álibi para adiar as eleições e permanecer no poder.

Até o momento, pelo menos três pessoas morreram e várias outras ficaram feridas em diversas cidades do Senegal desde a última sexta-feira, quando se intensificaram os protestos contra a candidatura de Wade.

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