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Malala e indiano ganham o Nobel da Paz 2014

A ativista adolescente paquistanesa e o presidente da Marcha Global contra o Trabalho Infantil ganharam o prêmio

Os vencedores do Prêmio Nobel da Paz: o indiano Kailash Satyarthi e a paquistanesa Malala Yousafzai (RAVI RAVEENDRAN/WOLE EMMANUEL/AFP)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2014 às 07h07.

Copenhague - A ativista adolescente paquistanesa Malala Yousafzai e o presidente da Marcha Global contra o Trabalho Infantil, o indiano Kailash Satyarthi, ganharam o Nobel da Paz 2014, informou nesta sexta-feira o Comitê Nobel da Noruega.

O prêmio foi concedido pelo Comitê "por sua luta contra a repressão das crianças e dos jovens e pelo direito de todas as crianças à educação ".

Nos países mais pobres do mundo, 60% da população é menor de 25 anos, lembrou o júri para afirmar que o respeito aos direitos das crianças e dos jovens é "um pré-requisito para um desenvolvimento global em paz".

No caso de Kailash Satyarthi, o Comitê destacou seu "grande valor pessoal" que, "na tradição de Gandhi", o levou a liderar protestos e manifestações, todas pacíficas, para denunciar a exploração infantil.

"Contribuiu além disso para o desenvolvimento de grandes convenções internacionais dos direitos das crianças", ressaltou, ao argumentar a concessão do Nobel da Paz.

No caso de Malala Yousafzay, que já aparecia como uma das favoritas para ganhar o prêmio em 2013, o Comitê ressaltou que, "apesar de sua juventude, já lutou por vários anos pelo direito das meninas à educação e mostrou com seu exemplo que crianças e jovens também podem contribuir para melhorar a sua própria situação".

"Ela fez isso nas mais perigosas circunstâncias. Através de sua luta heroica, se transformou em uma porta-voz e líder a favor do direito das meninas à educação", acrescentou o júri.

Ao premiar um hindu e uma muçulmana, um indiano e uma paquistanesa, o Comitê também apostou em uma "luta conjunta a favor da educação e contra os extremismos".

Também foi lembrada a importância do trabalho de todas as pessoas e organizações que atuam contra a exploração infantil. Segundo os números divulgados, é estimado que haja cerca de 168 milhões de crianças que trabalham no mundo, 78 milhões a menos que no ano 2000.

Nascido em 1954 em Vidisha, na Índia, país onde ainda reside, Kailash Satyarthi é presidente da ONG Marcha Global contra o Trabalho Infantil. Liderou em 1998 uma mobilização civil contra o exploração infantil que reuniu cerca de 7,2 milhões de pessoas e que deu lugar ao nascimento da ONG.

A paquistanesa Malala Yousafzay, nascida em 1997, em Mingora, ficou gravemente ferida há dois anos quando o ônibus escolar em que era transportada foi atacado. Foi transferida para o Reino Unido devido ao temor por sua segurança e foi submetida a várias intervenções.

Malala se tornou nos dois últimos anos um ícone da luta pelos direitos das meninas à educação e foi escolhida em 2013 pela revista Time uma das pessoas mais influentes do mundo.

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Copenhague - A ativista adolescente paquistanesa Malala Yousafzai e o presidente da Marcha Global contra o Trabalho Infantil, o indiano Kailash Satyarthi, ganharam o Nobel da Paz 2014, informou nesta sexta-feira o Comitê Nobel da Noruega.

O prêmio foi concedido pelo Comitê "por sua luta contra a repressão das crianças e dos jovens e pelo direito de todas as crianças à educação ".

Nos países mais pobres do mundo, 60% da população é menor de 25 anos, lembrou o júri para afirmar que o respeito aos direitos das crianças e dos jovens é "um pré-requisito para um desenvolvimento global em paz".

No caso de Kailash Satyarthi, o Comitê destacou seu "grande valor pessoal" que, "na tradição de Gandhi", o levou a liderar protestos e manifestações, todas pacíficas, para denunciar a exploração infantil.

"Contribuiu além disso para o desenvolvimento de grandes convenções internacionais dos direitos das crianças", ressaltou, ao argumentar a concessão do Nobel da Paz.

No caso de Malala Yousafzay, que já aparecia como uma das favoritas para ganhar o prêmio em 2013, o Comitê ressaltou que, "apesar de sua juventude, já lutou por vários anos pelo direito das meninas à educação e mostrou com seu exemplo que crianças e jovens também podem contribuir para melhorar a sua própria situação".

"Ela fez isso nas mais perigosas circunstâncias. Através de sua luta heroica, se transformou em uma porta-voz e líder a favor do direito das meninas à educação", acrescentou o júri.

Ao premiar um hindu e uma muçulmana, um indiano e uma paquistanesa, o Comitê também apostou em uma "luta conjunta a favor da educação e contra os extremismos".

Também foi lembrada a importância do trabalho de todas as pessoas e organizações que atuam contra a exploração infantil. Segundo os números divulgados, é estimado que haja cerca de 168 milhões de crianças que trabalham no mundo, 78 milhões a menos que no ano 2000.

Nascido em 1954 em Vidisha, na Índia, país onde ainda reside, Kailash Satyarthi é presidente da ONG Marcha Global contra o Trabalho Infantil. Liderou em 1998 uma mobilização civil contra o exploração infantil que reuniu cerca de 7,2 milhões de pessoas e que deu lugar ao nascimento da ONG.

A paquistanesa Malala Yousafzay, nascida em 1997, em Mingora, ficou gravemente ferida há dois anos quando o ônibus escolar em que era transportada foi atacado. Foi transferida para o Reino Unido devido ao temor por sua segurança e foi submetida a várias intervenções.

Malala se tornou nos dois últimos anos um ícone da luta pelos direitos das meninas à educação e foi escolhida em 2013 pela revista Time uma das pessoas mais influentes do mundo.

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