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Maioria dos doentes com vaporizadores usou recarga de maconha, diz estudo

77% dos pacientes em decorrência dos cigarros eletrônicos informaram que tinham consumido produtos com THC (agente psicoativo da cannabis)

Cigarros eletrônicos: os vaporizadores já causaram 12 mortes nos EUA (David Mercado/File Photo/Reuters)
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AFP

Publicado em 27 de setembro de 2019 às 20h26.

As autoridades sanitárias dos Estados Unidos confirmaram nesta sexta-feira (27) que as recargas com maconha para cigarros eletrônicos foram relacionadas com as doenças pulmonares causadas que atingiram até agora 805 pessoas nos Estados Unidos, 12 das quais morreram.

Dos 514 pacientes que responderam a um questionário sobre o uso de vaporizadores antes de registrarem os sintomas da doença, 77% informaram que tinham consumido produtos que continham THC (agente psicoativo da cannabis), informou Anne Schuchat, dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês).

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Uma parcela menor, de 16%, disse só ter usado produtos com nicotina.

 

Essa é a primeira vez em que os CDC oferecem esses dados.

O anúncio foi feito em um momento negativo para os vaporizadores, em que cada vez mais cidades e estados do país consideram proibir os aparelhos.

Os produtos aromatizados para usar nos cigarros eletrônicos serão proibidos nas próximas semanas nos EUA.

Nos estados de Illinois e Wisconsin, 66% dos pacientes informaram ter usado recargas vendidas pela marca Dank Vapes, que já tinha sido identificada pelo estado de Nova York no começo de setembro.

Na grande maioria dos casos, os pacientes disseram ter comprado, através de amigos ou distribuidores, recargas preparadas e embaladas.

Nas recargas, o THC é misturado a aditivos como solventes e sabores de fim de esquentar a poder ser inalado com o vaporizador.

A pesquisa procura compreender qual dos ativos pode causar doenças pulmonares, mas por ora as análises não encontraram um denominador comum.

As doenças pulmonares se dão sobretudo com homens e jovens, muitos dos quais foram para na UTI sem conseguir respirar. Metade tem menos de 23 anos, de acordo com Schuchat.

"Não sabemos exatamente o que deixa as pessoas doentes", reiterou.

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