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Lula ironiza lentidão de ajuda econômica a países europeus

"Europa sabia resolver todos os problemas quando eles eram na América Latina" disse o expresidente durante palestra nos EUA

"O Deus mercado se escondeu" disse Lula durante palestra (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)
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Da Redação

Publicado em 6 de abril de 2011 às 17h17.

Washington - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ironizou nesta quarta-feira a demora na ajuda, concedida pelas principais economias mundiais e entidades multilaterais, a países europeus em dificuldades, como Grécia e Portugal.

Num evento, em Washington, afirmou que a "Europa sabia resolver todos os problemas quando eles eram na América Latina. O Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional tinham todas as soluções para a América Latina", disse Lula, durante um fórum de líderes latino-americanos do setor público.

"Mas, quando as crises acontecem na Europa, não sabem, não têm explicação", disse Lula.

"Demoraram três meses em correr para atender o problema da Grécia", afirmou Lula.

"Estamos vivendo um tempo excepcional", no qual "o Deus mercado se escondeu" e os Estados tornaram-se o principal suporte das economias para superar a crise mundial, afirmou.

O Brasil "não pode ser grande" se os outros países da região não o acompanharem no crescimento, disse também o ex-presidente.

Lula mostrou confiança no fato de que a região possa continuar crescendo a um ritmo estável durante a próxima década.

Referiu-se especificamente ao caso venezuelano: "A Venezuela tem tudo para se um país extraordinário" mas o problema é que não deveria "ter uma economia subordinada ao petróleo".

"Interessa à América do Sul que a Venezuela esteja integrada, que tenha uma economia estável", disse Lula, que durante o mandato esteve próximo do presidente Hugo Chávez.

No entanto, defendeu o estado da democracia na América Latina.

"A Bolívia não teria um Evo Morales se não tivesse democracia, e Fernando Lugo não seria presidente do Paraguai", afirmou.

Advertiu contra os que se julgam indispensáveis.

"Quando você tem um dirigente que diz ser insubstituível e imprescindível", estará na presença de "uma pessoa pouco democrática ou de um pequeno ditador", acrescentou Lula durante o encontro, que reuniu na capital americana mais de 200 funcionários e empresários da região.

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Num evento, em Washington, afirmou que a "Europa sabia resolver todos os problemas quando eles eram na América Latina. O Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional tinham todas as soluções para a América Latina", disse Lula, durante um fórum de líderes latino-americanos do setor público.

"Mas, quando as crises acontecem na Europa, não sabem, não têm explicação", disse Lula.

"Demoraram três meses em correr para atender o problema da Grécia", afirmou Lula.

"Estamos vivendo um tempo excepcional", no qual "o Deus mercado se escondeu" e os Estados tornaram-se o principal suporte das economias para superar a crise mundial, afirmou.

O Brasil "não pode ser grande" se os outros países da região não o acompanharem no crescimento, disse também o ex-presidente.

Lula mostrou confiança no fato de que a região possa continuar crescendo a um ritmo estável durante a próxima década.

Referiu-se especificamente ao caso venezuelano: "A Venezuela tem tudo para se um país extraordinário" mas o problema é que não deveria "ter uma economia subordinada ao petróleo".

"Interessa à América do Sul que a Venezuela esteja integrada, que tenha uma economia estável", disse Lula, que durante o mandato esteve próximo do presidente Hugo Chávez.

No entanto, defendeu o estado da democracia na América Latina.

"A Bolívia não teria um Evo Morales se não tivesse democracia, e Fernando Lugo não seria presidente do Paraguai", afirmou.

Advertiu contra os que se julgam indispensáveis.

"Quando você tem um dirigente que diz ser insubstituível e imprescindível", estará na presença de "uma pessoa pouco democrática ou de um pequeno ditador", acrescentou Lula durante o encontro, que reuniu na capital americana mais de 200 funcionários e empresários da região.

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