Mundo

Londres reforça medidas contra retorno de jihadistas

O Reino Unido endurecerá suas medidas antiterroristas contra os integrantes do grupo Estado Islâmico, anunciou o primeiro-ministro do país


	Premiê do Reino Unido, David Cameron: "temos que afastar os pregadores extremistas dos nossos países"
 (REUTERS/Neil Hall)

Premiê do Reino Unido, David Cameron: "temos que afastar os pregadores extremistas dos nossos países" (REUTERS/Neil Hall)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2014 às 09h40.

Canberra - O Reino Unido endurecerá suas medidas antiterroristas contra os integrantes do grupo Estado Islâmico, autorizando a apreensão de passaportes de suspeitos e impedindo o retorno de jihadistas britânicos, anunciou nesta sexta-feira, na Austrália, o primeiro-ministro David Cameron.

Entre as medidas, está a proibição de pouso no Reino Unido de empresas aéreas que não respeitem as listas de restrição de passageiros elaboradas pelas autoridades britânicas, acrescentou Cameron, que discursou no Parlamento australiano.

As medidas fazem parte de uma nova lei antiterrorista, que dará mais poderes à polícia para apreender passaportes e "impedir que cidadãos britânicos (suspeitos de envolvimento com os jihadistas) retornem ao Reino Unido".

Segundo a imprensa britânica, a nova lei - que deve ser submetida ao Parlamento este mês - impedirá durante ao menos dois anos o regresso ao Reino Unido de jihadistas que tenham combatido na Síria ou no Iraque, a menos que se submetam a uma série de medidas restritivas, incluindo custódia e devido processo legal.

A nova lei permitirá aos guardas de fronteira e à polícia aeroportuária confiscar o passaporte de qualquer suspeito de viajar ao estrangeiro para combater como "terrorista".

Atualmente, há cerca de 500 jihadistas britânicos no Iraque e na Síria, dois países onde o grupo Estado Islâmico controla numerosos territórios.

Cameron destacou que além destas medidas, é preciso atacar a raiz do problema, que segundo ele são a pobreza, a marginalização e a propaganda extremista.

"Temos que afastar os pregadores extremistas dos nossos países. Temos que arrancar o extremismo de nossas escolas, universidades e prisões. Também é preciso trabalhar com a imensa maioria dos muçulmanos, que detestam esta narrativa pervertida que tem seduzido alguns dos nossos cidadãos".

Cameron está na Austrália para participar neste fim de semana, em Brisbane, da Cúpula do G20, o grupo das grandes economias industrializadas e emergentes do planeta.

Acompanhe tudo sobre:Estado IslâmicoEuropaIslamismoPaíses ricosReino Unido

Mais de Mundo

22 de julho foi o dia mais quente registrado no mundo, quebrando o recorde do dia anterior

TSE desmente Maduro e afirma que urna eletrônica brasileira é 'totalmente auditável'

Assessor de Trump denuncia Harris por receber indevidamente fundos da campanha de Biden

Olímpíadas 2024: Paris terá sete policiais para cada atleta

Mais na Exame