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Partido vai declarar direito da Ucrânia entrar na UE

Líderes do Partido do Povo Europeu deverá declarar na sexta que país pode pedir para se tornar um membro do bloco

Manifestantes pró-Ucrânia com bandeiras do país durante um protesto fora da embaixada russa em Atenas (Alkis Konstantinidis/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de março de 2014 às 21h36.

Dublin - O Partido do Povo Europeu (PPE), de centro-direita, deverá declarar na sexta-feira que a Ucrânia pode pedir para se tornar um país membro da União Europeia , de acordo com uma declaração vista pela Reuters, ressaltando a determinação das principais capitais europeias de apoiar o país a se afastar da influência da Rússia.

A declaração foi redigida pouco antes de a política ucraniana Yulia Tymoshenko informar a um grupo de líderes conservadores, incluindo a chanceler alemã, Angela Merkel, o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, e o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, sobre a situação de seu país.

Se emitido sem mudanças, o documento enviará um forte sinal de desafio à intervenção da Rússia na Ucrânia, disse uma pessoa próxima à preparação da declaração. Outra enfatizou, no entanto, que a questão permanecia "delicada".

"Para dizer isso neste momento, em que o país está sob ameaça de ser anexado (pela Rússia), mostra que o lugar da Ucrânia é no Ocidente e não na Rússia. Apesar de não ser legalmente novo, é simbolicamente forte", disse uma pessoa familizarizada com o pensamento do partido que pediu para não ser identificada.

O PPE é a maior força na política europeia. É o maior grupo único, com uma dúzia de chefes de Estado e de governo na União Europeia, formada por 28 países, e com o maior número de deputados no Parlamento Europeu.

No comunicado obtido pela Reuters, intitulado uma resolução de urgência sobre a Ucrânia, o PPE disse que a lei que contemplava os países candidatos a entrar na União Europeia "refere-se a todos os Estados europeus, incluindo a Ucrânia, que tem uma perspectiva europeia, e que pode pedir para se tornar membro da União".


Mais cedo nesta quinta-feira, os líderes da UE concordaram em suspender vistos e negociações de investimentos com a Rússia em resposta à sua ocupação da península da Crimeia, um território ucraniano, e disseram que iriam congelar ativos russos e boicotar uma cúpula do G8 se Moscou não mudar de comportamento.

A ação foi mais abrangente do que o esperado, impulsionada em parte por uma decisão do Parlamento da Crimea, que tem uma maioria étnica russa e efetivamente foi tomada pelas forças russas, para se juntar à Rússia.

Falando em Dublin, na reunião de membros do EPP, Yulia apelou para a Europa tomar fortes medidas sobre a tentativa da Crimeia de se juntar à Rússia, advertindo que, caso contrário, Moscou tentaria assumir o resto da Ucrânia.

Yulia, duas vezes primeira-ministra ucraniana e uma das favoritas para se tornar a próxima presidente do país, disse que a Ucrânia estava fraca demais para enfrentar Moscou sozinha.

Duas semanas depois de ser libertada da prisão após o colapso do governo do ex-presidente Viktor Yanukovich, ela também disse que a Ucrânia ainda esperava assinar um acordo de associação com a UE.

"Espero muito sinceramente que, antes ou depois das eleições presidenciais (em 25 de maio), nós assinaremos um acordo de associação com a União Europeia", disse ela.

Yanukovich, pró-Rússia, foi derrubado em fevereiro, após três meses de protestos desencadeados pela recusa dele em assinar o acordo de associação com a UE, em novembro.

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Dublin - O Partido do Povo Europeu (PPE), de centro-direita, deverá declarar na sexta-feira que a Ucrânia pode pedir para se tornar um país membro da União Europeia , de acordo com uma declaração vista pela Reuters, ressaltando a determinação das principais capitais europeias de apoiar o país a se afastar da influência da Rússia.

A declaração foi redigida pouco antes de a política ucraniana Yulia Tymoshenko informar a um grupo de líderes conservadores, incluindo a chanceler alemã, Angela Merkel, o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, e o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, sobre a situação de seu país.

Se emitido sem mudanças, o documento enviará um forte sinal de desafio à intervenção da Rússia na Ucrânia, disse uma pessoa próxima à preparação da declaração. Outra enfatizou, no entanto, que a questão permanecia "delicada".

"Para dizer isso neste momento, em que o país está sob ameaça de ser anexado (pela Rússia), mostra que o lugar da Ucrânia é no Ocidente e não na Rússia. Apesar de não ser legalmente novo, é simbolicamente forte", disse uma pessoa familizarizada com o pensamento do partido que pediu para não ser identificada.

O PPE é a maior força na política europeia. É o maior grupo único, com uma dúzia de chefes de Estado e de governo na União Europeia, formada por 28 países, e com o maior número de deputados no Parlamento Europeu.

No comunicado obtido pela Reuters, intitulado uma resolução de urgência sobre a Ucrânia, o PPE disse que a lei que contemplava os países candidatos a entrar na União Europeia "refere-se a todos os Estados europeus, incluindo a Ucrânia, que tem uma perspectiva europeia, e que pode pedir para se tornar membro da União".


Mais cedo nesta quinta-feira, os líderes da UE concordaram em suspender vistos e negociações de investimentos com a Rússia em resposta à sua ocupação da península da Crimeia, um território ucraniano, e disseram que iriam congelar ativos russos e boicotar uma cúpula do G8 se Moscou não mudar de comportamento.

A ação foi mais abrangente do que o esperado, impulsionada em parte por uma decisão do Parlamento da Crimea, que tem uma maioria étnica russa e efetivamente foi tomada pelas forças russas, para se juntar à Rússia.

Falando em Dublin, na reunião de membros do EPP, Yulia apelou para a Europa tomar fortes medidas sobre a tentativa da Crimeia de se juntar à Rússia, advertindo que, caso contrário, Moscou tentaria assumir o resto da Ucrânia.

Yulia, duas vezes primeira-ministra ucraniana e uma das favoritas para se tornar a próxima presidente do país, disse que a Ucrânia estava fraca demais para enfrentar Moscou sozinha.

Duas semanas depois de ser libertada da prisão após o colapso do governo do ex-presidente Viktor Yanukovich, ela também disse que a Ucrânia ainda esperava assinar um acordo de associação com a UE.

"Espero muito sinceramente que, antes ou depois das eleições presidenciais (em 25 de maio), nós assinaremos um acordo de associação com a União Europeia", disse ela.

Yanukovich, pró-Rússia, foi derrubado em fevereiro, após três meses de protestos desencadeados pela recusa dele em assinar o acordo de associação com a UE, em novembro.

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