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Líbia alerta ONU sobre ameaça de guerra civil

País alertou que pode mergulhar em uma guerra civil de grandes proporções se suas facções não forem desarmadas

Fumaça após confrontos entre milícias rivais em Trípoli, na Líbia (Reuters)
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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2014 às 17h27.

Nações Unidas - A Líbia alertou o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quarta-feira de que pode mergulhar em uma guerra civil de grandes proporções se as facções fortemente armadas do caótico país norte-africano não forem desarmadas.

O conselho, formado por 15 países membros, se reuniu para discutir a situação da Líbia dias depois de seu Parlamento, substituído em uma eleição em junho, voltar ao trabalho e escolher um parlamentar apoiado pelos islâmicos como novo primeiro-ministro.

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Com a manobra, o país passou a ter duas assembleias e dois líderes rivais, cada um apoiado por facções armadas.

"A situação na Líbia está complicada", disse o embaixador da Líbia na ONU, Ibrahim Dabbashi, ao conselho.

“Ainda assim, desde 13 de julho a situação se tornou ainda mais complicada e pode deteriorar para uma guerra civil de grandes proporções se não formos cautelosos e sábios em nossas ações.”

A data marcou o início dos combates entre milícias rivais pelo controle do principal aeroporto líbio que mataram pelo menos sete pessoas e forçaram a interrupção de todos os voos, o pior confronto na capital em seis meses.

A votação de junho teve por objetivo reformar as instituições governamentais como forma de interromper os três anos de violência generalizada desde a deposição de Muammar Gaddafi.

Os combates recentes são parte dos tumultos crescentes no país produtor de petróleo, onde o governo é incapaz de controlar as milícias, endurecidas nas batalhas em que ajudaram a depor Gaddafi em 2011, mas que desde então desafiam a autoridade estatal.

“Eu sempre excluí a possibilidade de uma guerra civil, mas a situação mudou”, afirmou Dabbashi.

“No passado, os incidentes de segurança eram limitados, isolados e raros", acrescentou.

“Mas agora os confrontos... são entre dois grupos com armamento pesado. Cada um tem seus próprios aliados espalhados nas outras regiões do país.” Segundo ele, desarmar esses grupos é crucial.

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