Leilões de energia estão fora dos planos da Petrobras
Empresa também analisa com sócios se pedirá à Agência Nacional do Petróleo a extensão do prazo de exploração do bloco BMS-8, na bacia de Santos
Da Redação
Publicado em 29 de outubro de 2012 às 13h15.
Rio de Janeiro - A Petrobras não participará dos leilões de energia A-3 e A-5 previstos para este ano, seja como geradora ou como supridora de gás natural para usinas térmicas de terceiros, informou o diretor de Gás e Energia da empresa, José Alcides Santoro Martins, em entrevista de apresentação do resultado financeiro da empresa no terceiro trimestre deste ano.
O executivo informou que estuda a participação em leilões nos próximos anos, dependendo "do lastro de gás", ou seja, da disponibilidade do energético para suprir as usinas térmicas. O leilão A-3 é para entrega de energia em três anos e o A-5, em cinco anos. A efetiva realização do leilão A-3 ainda depende da demanda por parte das distribuidoras, conforme admitiu recentemente o diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner.
BMS-8
A Petrobras analisa com sócios se pedirá à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a extensão do prazo de exploração do bloco BMS-8, na bacia de Santos, informou o diretor de Exploração e Produção da empresa, José Miranda Formigli Filho, em apresentação à imprensa do resultado financeiro do terceiro trimestre deste ano. Se a decisão for pela extensão do bloco, a empresa e a Queiroz Galvão, sócia no projeto, recorrerão em seguida à agência reguladora.
Dívida
Barbassa informou ainda que a empresa negocia o equacionamento da dívida com o setor elétrico. Há uma proposta de solução que vem sendo negociada com os clientes. "Não sei dizer exatamente quais são os clientes. São parte do sistema Eletrobras. Já conseguimos sucesso em nossa empreitada e queremos uma solução, porque há valores envolvidos importantes", afirmou o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da empresa, Almir Barbassa. Nesta segunda-feira pela manhã, o executivo comentou sobre um "equacionamento" nesta área, no valor de R$ 1,7 bilhão. A operação, não revelada, teria garantido resultados à companhia já no mês de outubro.
Ele argumentou que a empresa trabalha junto aos clientes para reduzir atrasos em pagamentos e, se possível, diminuir também os prazos de pagamento.
O executivo refutou a hipótese de que o resultado financeiro do terceiro trimestre tenha sido pior do que o projetado pelo mercado.
Em resposta ao questionamento sobre uma frustração do mercado, citou uma série de motivos que resultaram no aumento de custo da empresa, como o crescimento da demanda por combustíveis, investimentos em refino, paradas programadas em plataformas, depreciação cambial e negociação salarial com funcionários.