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Ku Klux Klan governa os EUA e quer se apoderar da Venezuela, diz Maduro

Em entrevista, o presidente da Venezuela afirmou que não permitirá a entrada de ajuda humanitária porque justificaria uma intervenção dos Estados Unidos

Venezuela: mais de 40 país já reconheceram o líder da oposição, Juan Guaidó, como presidente interino (Miraflores Palace/Reuters)

Venezuela: mais de 40 país já reconheceram o líder da oposição, Juan Guaidó, como presidente interino (Miraflores Palace/Reuters)

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EFE

Publicado em 12 de fevereiro de 2019 às 12h25.

Londres — O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, qualificou os membros do Governo dos Estados Unidos de "bando" de extremistas e considerou que o grupo de supremacia branca Ku Kux Klan parece estar na Casa Branca, em entrevista à emissora "BBC" divulgada nesta terça-feira.

Maduro insistiu que não permitirá a entrada de ajuda humanitária em seu país porque suporia justificar uma intervenção dos Estados Unidos.

Maduro expressou sua esperança que "este grupo extremista na Casa Branca seja derrotado por uma poderosa opinião pública mundial".

Mais de 40 países reconheceram o líder opositor venezuelano Juan Guaidó como presidente interino, enquanto Maduro enfrenta pressão internacional para convocar eleições presidenciais.

"É uma guerra política, do império dos Estados Unidos, dos interesses da extrema-direita que hoje governa, da Ku Klux Klan, que governa a Casa Branca, que quer se apoderar da Venezuela", ressaltou o governante esquerdista à emissora britânica.

Ao ser perguntado se acreditava que Trump é de uma "supremacia branca", Maduro disse: "é (...) nos odeiam, nos menosprezam porque só acreditam nos seus próprios interesses e nos interesses dos EUA".

Sobre a ajuda humanitária, afirmou que a Venezuela tem "a capacidade para satisfazer todas as necessidades de seu povo".

O governante, que culpou as sanções impostas pelos Estados Unidos pela crise econômica em seu país, acrescentou que a intenção de Trump é "criar uma crise humanitária para justificar uma intervenção militar".

"Isto é parte da farsa. É por isso que, com toda dignidade, nós dizemos que não queremos suas migalhas, sua comida tóxica, suas sobras", asseverou.

Maduro, que assumiu o poder em 2013, foi reeleito para um segundo mandato no ano passado, mas o pleito foi controverso depois que muitos candidatos da oposição foram proibidos de participar ou foram presos.

Em 23 de janeiro Guaidó, presidente da Assembleia Nacional (Parlamento) da Venezuela, se autoproclamou presidente encarregado do país.

Maduro, que conta com o apoio do Exército Venezuelano e da Rússia e da China, insistiu que não vê a necessidade de uma antecipação eleitoral.

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