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Kerry não irá se reunir com Abbas, dizem fontes palestinas

Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, não viajará para se reunir com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, segundo fontes palestinas

O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, após reunião em Israel: fontes não disseram, no entanto, os motivos para o adiamento do encontro (Jacquelyn Martin/Pool/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2014 às 09h12.

Ramala - O secretário de Estado dos Estados Unidos , John Kerry , não viajará nesta terça-feira para Ramala para se reunir com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, conforme estava previsto, revelaram à Agência Efe responsáveis palestinos.

As fontes não disseram, no entanto, os motivos para o adiamento do encontro, que é interpretado como um mau sinal sobre o futuro das negociações e a proposta americana de prolongá-las para além da data limite, o dia 29 de abril.

Kerry chegou ontem à noite a Israel, após três meses de ausência, com a pretensão de pressionar as duas partes para que chegassem a um entendimento que ajudasse a salvar o processo de diálogo iniciado por ele mesmo no ano passado.

Logo depois de sua chegada, Kerry se reuniu com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, um encontro do qual nenhuma informação foi divulgada até o momento.

Uma missão que parece, a priori, pouco provável, já que ainda existe uma ampla resistência de ambos os lados.

Nesta mesma manhã, fontes palestinas confirmaram para a Efe que a liderança palestina está disposta a engavetar a negociação e retomar seus esforços para conseguir o reconhecimento internacional se Israel não libertar os prisioneiros prometidos, que deveriam ter sido soltos no último sábado.


Os responsáveis palestinos estão reunidos desde ontem, inclusive o presidente Mahmoud Abbas, para determinar uma resposta para a oferta americana, que gera dúvidas e suspeitas entre alguns.

Nesse ambiente de tensão, Kerry tenta pressionar as duas partes para que façam concessões e, com isso, salvem um processo promovido pelo mesmo no ano passado.

Segundo as fontes palestinas, sobre a mesa israelense são negociados pelo menos três pontos: a libertação do último rodízio de presos prometidos pelo governo israelense antes de início do presente diálogo.

O congelamento total da ampliação e construção de colônias judaicas na Cisjordânia ocupada, ilegais de acordo com o direito internacional.

E a possível liberdade para dois presos importantes para ambos os lados: o agente duplo judeu-americano, Jonathan Pollard, condenado nos EUA na década de 1980 após comprovação de que fazia espionagem para Israel.

E Marwan Barghuti, um dos líderes da Segunda Intifada, condenado a cinco prisões perpétuas em Israel, e um dos nomes mais fortes para ocupar a liderança palestina no futuro.

Publicamente, no entanto, os Estados Unidos negaram reiteradamente que a questão Pollard esteja sobre a mesa.

Além disso, Israel teria oferecido a reunificação de cerca de 5 mil famílias, explicaram as mesmas fontes, que preferiram não ser identificadas.

Esta é a primeira visita de Kerry a Israel e Palestina desde dezembro, um acontecimento que revela a importância do momento.

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Ramala - O secretário de Estado dos Estados Unidos , John Kerry , não viajará nesta terça-feira para Ramala para se reunir com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, conforme estava previsto, revelaram à Agência Efe responsáveis palestinos.

As fontes não disseram, no entanto, os motivos para o adiamento do encontro, que é interpretado como um mau sinal sobre o futuro das negociações e a proposta americana de prolongá-las para além da data limite, o dia 29 de abril.

Kerry chegou ontem à noite a Israel, após três meses de ausência, com a pretensão de pressionar as duas partes para que chegassem a um entendimento que ajudasse a salvar o processo de diálogo iniciado por ele mesmo no ano passado.

Logo depois de sua chegada, Kerry se reuniu com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, um encontro do qual nenhuma informação foi divulgada até o momento.

Uma missão que parece, a priori, pouco provável, já que ainda existe uma ampla resistência de ambos os lados.

Nesta mesma manhã, fontes palestinas confirmaram para a Efe que a liderança palestina está disposta a engavetar a negociação e retomar seus esforços para conseguir o reconhecimento internacional se Israel não libertar os prisioneiros prometidos, que deveriam ter sido soltos no último sábado.


Os responsáveis palestinos estão reunidos desde ontem, inclusive o presidente Mahmoud Abbas, para determinar uma resposta para a oferta americana, que gera dúvidas e suspeitas entre alguns.

Nesse ambiente de tensão, Kerry tenta pressionar as duas partes para que façam concessões e, com isso, salvem um processo promovido pelo mesmo no ano passado.

Segundo as fontes palestinas, sobre a mesa israelense são negociados pelo menos três pontos: a libertação do último rodízio de presos prometidos pelo governo israelense antes de início do presente diálogo.

O congelamento total da ampliação e construção de colônias judaicas na Cisjordânia ocupada, ilegais de acordo com o direito internacional.

E a possível liberdade para dois presos importantes para ambos os lados: o agente duplo judeu-americano, Jonathan Pollard, condenado nos EUA na década de 1980 após comprovação de que fazia espionagem para Israel.

E Marwan Barghuti, um dos líderes da Segunda Intifada, condenado a cinco prisões perpétuas em Israel, e um dos nomes mais fortes para ocupar a liderança palestina no futuro.

Publicamente, no entanto, os Estados Unidos negaram reiteradamente que a questão Pollard esteja sobre a mesa.

Além disso, Israel teria oferecido a reunificação de cerca de 5 mil famílias, explicaram as mesmas fontes, que preferiram não ser identificadas.

Esta é a primeira visita de Kerry a Israel e Palestina desde dezembro, um acontecimento que revela a importância do momento.

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