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Kerkorian faz proposta de US$ 4,5 bilhões pela Chrysler

Megainvestidor repete investida realizada há 12 anos

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.

A Tracinda, braço de investimento de Kirk Kerkorian, anunciou estar disposta a pagar 4,5 bilhões de dólares em dinheiro pela Chrysler. Com a oferta, o investidor bilionário repete, doze anos depois, sua tentativa de assumir o controle da montadora.

Em abril de 1995, Kerkorian se juntou a um ex-presidente da Chrysler, Lee A. Iacocca, em uma proposta de 20 bilhões de dólares pela empresa. Na época, o investidor detinha 10% das ações da montadora - Kerkorian permaneceu como o maior acionista até 1998, quando houve a fusão entre Chrysler e Daimler-Benz. Agora a Chrysler está à venda, depois de registrar queda nas vendas e um prejuízo de 1,5 bilhão de dólares em 2006.

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Segundo o The New York Times, Kerkorian anunciou sua oferta um dia depois de Dieter Zetsche, presidente da DaimlerChrysler, ter reconhecido que a montadora dos Estados Unidos está disponível a compradores. "A Tracinda acredita que a Chrysler pode se tornar uma organização robusta e duradoura ao assumir uma abordagem de longo prazo para resolver os problemas", afirmou a empresa de Kerkorian, em comunicado. Por enquanto, a Tracinda concorre com um grupo de três outros interessados, possivelmente formado por dois grupos de investimento privado e pela Magna International, uma fornecedora de autopeças canadense. Nenhuma destas partes, no entanto, divulgou oficialmente um possível interesse na operação.

No comunicado à imprensa, a Tracinda afirma pretender construir e fortalecer a Chrysler como uma entidade independente, por meio de uma aliança com o sindicato United Auto Workers e a direção da montadora.

Kerkorian também protagonizou recentemente uma tentativa de operação com outra grande montadora: há dez meses, o investidor tentou costurar uma aliança entre as duas companhias lideradas pelo brasileiro Carlos Ghosn - Renault e Nissan - e a General Motors (GM), da qual era, então, o maior acionista individual. Posteriormente, Kerkorian acabou vendendo suas ações da GM.

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