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Justiça decide futuro da primeira-ministra na quarta

Tribunal Constitucional da Tailândia se pronunciará na quarta sobre a possível destituição da primeira-ministra

A primeira-ministra tailandesa, Yingluck Shinawatra: Yingluck é acusada de ter determinado a transferência de um alto funcionário para beneficiar seu partido (Pornchai Kittiwongsakul/AFP)
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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2014 às 08h59.

Bangcoc - O Tribunal Constitucional da Tailândia se pronunciará na quarta-feira sobre a possível destituição da primeira-ministra Yingluck Shinawatra, acusada de abuso de poder e fragilizada por seis meses de crise política .

Yingluck, no poder desde 2011, é acusada de ter determinado a transferência de um alto funcionário para beneficiar seu partido.

A primeira-ministra alegou inocência nesta terça-feira no Tribunal Constitucional, que a acusa de abuso de poder em um caso que pode custar o cargo.

"Nego as acusações. Eu não violei nenhuma lei", declarou a irmã de Thaksin Shinawatra, primeiro-ministro que foi destituído pelo exército em 2006 e bombardeado pela oposição, que o considera o organizador de uma rede de corrupção em grande escala.

Durante a visita, o Tribunal rejeitou o pedido da premier de apresentar cinco testemunhas adicionais e anunciou que o pronunciamento sobre o caso acontecerá na quarta-feira ao meio-dia (horário local).

Os partidários do atual governo acusam a justiça de perseguir Yingluck Shinawatra.

Para o governo, os opositores desejam derrubar a primeira-ministra com um "golpe de Estado judicial".

Há seis meses a oposição saiu às ruas para pedir a destituição Yingluck, considerada um fantoche manipulado pelo irmão Thaksin, que está no exílio.

Os opositores conseguiram perturbar as eleições legislativas de fevereiro, com as quais o governo esperava obter uma flexibilização.

Debilitado pelos protestos, o governo não consegue administrar mais do que os assuntos correntes desde a dissolução do Parlamento em dezembro. Os opositores querem substituir o Executivo por um "conselho do povo" não eleito.

A possível destituição de Yingluck e do governo poderia abrir um novo capítulo de instabilidade, sem um Parlamento para nomear um novo primeiro-ministro.

"Se o Tribunal Constitucional condenar a primeira-ministra e todo seu governo, teremos problemas", advertiu o líder do partido governista Puea Thai, Jarupong Ruangsuwan.

Para tentar acabar com a crise, que provocou 25 mortes e deixou centenas de feridos em confrontos nas ruas, novas eleições legislativas estão programadas para 20 de julho.

Mas os manifestantes já prometeram perturbar a votação, como fizeram em fevereiro. O opositor Partido Democrata também não aceita novas eleições.

Desde o golpe de 2006, a sociedade tailandesa está muito dividida entre as massas rurais e urbanas pobres do norte e nordeste, leais a Thaksin, e as elites ultramonárquicas de Bangcoc, que odeiam a família Shinawatra.

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Bangcoc - O Tribunal Constitucional da Tailândia se pronunciará na quarta-feira sobre a possível destituição da primeira-ministra Yingluck Shinawatra, acusada de abuso de poder e fragilizada por seis meses de crise política .

Yingluck, no poder desde 2011, é acusada de ter determinado a transferência de um alto funcionário para beneficiar seu partido.

A primeira-ministra alegou inocência nesta terça-feira no Tribunal Constitucional, que a acusa de abuso de poder em um caso que pode custar o cargo.

"Nego as acusações. Eu não violei nenhuma lei", declarou a irmã de Thaksin Shinawatra, primeiro-ministro que foi destituído pelo exército em 2006 e bombardeado pela oposição, que o considera o organizador de uma rede de corrupção em grande escala.

Durante a visita, o Tribunal rejeitou o pedido da premier de apresentar cinco testemunhas adicionais e anunciou que o pronunciamento sobre o caso acontecerá na quarta-feira ao meio-dia (horário local).

Os partidários do atual governo acusam a justiça de perseguir Yingluck Shinawatra.

Para o governo, os opositores desejam derrubar a primeira-ministra com um "golpe de Estado judicial".

Há seis meses a oposição saiu às ruas para pedir a destituição Yingluck, considerada um fantoche manipulado pelo irmão Thaksin, que está no exílio.

Os opositores conseguiram perturbar as eleições legislativas de fevereiro, com as quais o governo esperava obter uma flexibilização.

Debilitado pelos protestos, o governo não consegue administrar mais do que os assuntos correntes desde a dissolução do Parlamento em dezembro. Os opositores querem substituir o Executivo por um "conselho do povo" não eleito.

A possível destituição de Yingluck e do governo poderia abrir um novo capítulo de instabilidade, sem um Parlamento para nomear um novo primeiro-ministro.

"Se o Tribunal Constitucional condenar a primeira-ministra e todo seu governo, teremos problemas", advertiu o líder do partido governista Puea Thai, Jarupong Ruangsuwan.

Para tentar acabar com a crise, que provocou 25 mortes e deixou centenas de feridos em confrontos nas ruas, novas eleições legislativas estão programadas para 20 de julho.

Mas os manifestantes já prometeram perturbar a votação, como fizeram em fevereiro. O opositor Partido Democrata também não aceita novas eleições.

Desde o golpe de 2006, a sociedade tailandesa está muito dividida entre as massas rurais e urbanas pobres do norte e nordeste, leais a Thaksin, e as elites ultramonárquicas de Bangcoc, que odeiam a família Shinawatra.

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