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Justiça britânica autoriza extradição de Abu Hamza aos EUA

Dois juízes de Londres rejeitaram hoje a solicitação de Hamza de não ser entregue aos EUA

Prisão de Guantánamo: os magistrados argumentaram também que existe um grande "interesse público no funcionamento do sistema de extradição" (Virginie Montet/AFP)
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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2012 às 15h21.

Londres - O Supremo Tribunal britânico autorizou nesta sexta-feira a extradição aos Estados Unidos de cinco suspeitos de terrorismo, entre eles o clérigo islâmico radical Abu Hamza, o que pode colocar fim a uma batalha legal de oito anos.

Dois juízes de Londres rejeitaram hoje a solicitação de Hamza de não ser entregue aos EUA, que pedem a extradição do clérigo por sua suposta participação no sequestro de 16 turistas no Iêmen, em 1998.

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Ao anunciar a sentença, os juízes argumentaram que existem "novas e contundentes" razões para entregar Hamza e os outros quatro acusados aos Estados Unidos "de forma imediata".

Os magistrados argumentaram também que existe um grande "interesse público no funcionamento do sistema de extradição".

Um porta-voz do Ministério do Interior aplaudiu a decisão e disse que o governo do Reino Unido "trabalha agora para extraditar estes homens com a maior rapidez possível".

O imã ficou conhecido no Reino Unido por seus discursos contra o Ocidente feitos na mesquita de Finsbury Park. Ele foi preso pela primeira vez pelas autoridades britânicas, a pedido dos EUA, em 2004.

A defesa alegavou uma deterioração da saúde de Hamza para tentar adiar sua extradição. O Reino Unido já esperava entregar o clérigo aos EUA depois que o Tribunal de Estrasburgo decidiu em setembro não enviar o caso para a máxima instância judicial europeia.

Em um último esforço, Hamza pediu na semana passada que o Supremo Tribunal bloqueasse sua extradição aos EUA com o argumento de que necessitava se submeter a uma ressonância magnética.

Em fevereiro de 2006, o tribunal de Old Bailey (Londres) condenou Abu Hamza a sete anos de prisão por incitar em seus sermões o assassinato de não muçulmanos e judeus, além de outros delitos relacionados ao terrorismo.

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