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Juiza envia à prisão 2 mineradores e 1 jornalista de Potosí

Juíza boliviana enviou dois mineradores e um jornalista à prisão por cometer atos de depredação durante protestos em Potosí


	Manifestantes em Potosi, Bolívia: quatro acusados foram identificados como os autores diretos de explodir a porta e destruir as janelas do Ministério de Governo
 (David Mercado/Reuters)

Manifestantes em Potosi, Bolívia: quatro acusados foram identificados como os autores diretos de explodir a porta e destruir as janelas do Ministério de Governo (David Mercado/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2015 às 16h09.

La Paz - A juíza boliviana Lia Cardozo enviou a prisão nesta sexta-feira dois mineradores e um jornalista acusados de cometer atos de depredação durante os protestos da última quarta-feira em apoio à população de Potosí, onde uma greve é mantida há 19 dias por reivindicações de desenvolvimento.

Ela determinou a prisão preventiva dos mineradores Fabián Choque Uño e Agustín Mendoza Mamani e do jornalista potosino Juan Carlos Paco Veramendi, na principal prisão de La Paz. A situação de Jorge Copaico Conde, o quarto detido, será definida nas próximas horas, já que ele está internado em um hospital após sofrer ferimentos nos enfrentamentos.

Os quatro acusados foram identificados como os autores diretos de explodir a porta e destruir as janelas do Ministério de Governo.

Inicialmente, a polícia deteve 51 pessoas, mas 47 foram soltas hoje. O governo acusa os mineradores de, além de depredarem o Ministério, destruir instalações policiais, dois veículos oficiais e causar danos que terminaram em incêndios na embaixada da Alemanha e em um hotel da polícia.

O advogado dos acusados, Rafael Montoya, anunciou que eles irão apelar da decisão porque não há provas suficientes para acusá-los.

Potosí está paralisada e bloqueada desde o último dia 6 por uma paralisação promovida pelo Comitê Cívico Potosinista (Comcipo), que também enviou manifestantes para protestar em La Paz.

Com a greve, os potosinos querem a construção de uma hidrelétrica, três hospitais, mais estradas, fábricas de vidro e cimento, um aeroporto internacional e a preservação do Cerro Rico, a principal atração turística da cidade, deteriorada pela ação mineradora. Os dirigentes do Comcipo exigem a libertação de todos os detidos para dialogar com o governo. 

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