Juíza britânica decide que Julian Assange seguirá preso
O fundador do site "WikiLeaks" deveria deixar penitenciária em Londres, em 22 de setembro; Assange deverá aguardar julgamento de extradição para os EUA
EFE
Publicado em 13 de setembro de 2019 às 13h19.
Londres - Uma juíza do Reino Unido determinou nesta sexta-feira que o ativista australiano Julian Assange seguirá na prisão até fevereiro, quando acontecerá julgamento para decidir sobre a extradição para os Estados Unidos .
O fundador do site "WikiLeaks" deveria deixar o HM Prison Belmarsh, penitenciária localizada em Thamesmead, localizada a oeste de Londres, em 22 de setembro, após cumprir sentença por ter violado as condições da liberdade condicional no Reino Unido em 2012.
Em audiência na Corte de Magistrados de Westminster, a juíza Vanessa Baraitser decidiu que Assange seguirá preso, devido ao histórico de fugas.
"Do meu ponto de vista, há motivos substancias para acreditar que, se o libertar, ele voltará a fugir", disse a magistrada.
Assange participou da audiência por videoconferência e foi questionado se entendia a situação em que se encontra no Reino Unido.
"A verdade é que não, mas tenho certeza que os advogados me explicarão", respondeu.
Em fevereiro, está previsto o julgamento que determinirá se Assange será extraditado para os Estados Unidos, onde o ativista responde acusações que podem resultar em condenação de até 170 anos de prisão.
O fundador do "WikiLeaks" foi detido pela polícia britânica em abril deste ano, na embaixada do Equador em Londres, onde se refugiu por cerca de sete anos.
O governo americano o responsabiliza pela divulgação de milhares de documentos secretos, o acusa de conspiração, entre outros crimes.
Em junho de 2012, Assange teria que se apresentar à justiça do Reino Unido, para responder por supostos crimes sexuais de que era acusado na Suécia. Apesar da retirada do pedido de extradição pelo país nórdico, os britânicos mantiveram a ordem de captura, pela ausência na audiência. EFE