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Iraque declara fim de califado após captura de mesquita histórica

Com a contenção dos combatentes do EI em poucas áreas, as autoridades iraquianas esperam que a longa batalha por Mosul termine nos próximos dias

Mesquita: a bandeira preta dos extremistas estava hasteada no minarete Al-Hadba desde junho de 2014 (Youssef Boudlal/File Photo/Reuters)
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Reuters

Publicado em 29 de junho de 2017 às 09h44.

Mosul - Forças do Iraque capturaram nesta quinta-feira a mesquita histórica e destruída de Mosul de onde o Estado Islâmico proclamou sua versão de um "califado" três anos atrás, informaram os militares iraquianos em comunicado.

Autoridades iraquianas esperam que a longa batalha por Mosul termine nos próximos dias, visto que o restante dos combatentes do Estado Islâmico estão contidos em apenas algumas áreas da Cidade Velha.

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Retomar a Grande Mesquita de Al-Nuri representa uma vitória simbólica para as forças do Iraque, que vêm lutando há mais de oito meses para conquistar Mosul, cidade do norte do país que tem servido como capital de facto do Estado Islâmico no Iraque.

"O Estado fictício deles caiu", disse o porta-voz do Exército do Iraque, o general Yahya Rasool, à TV estatal.

Os insurgentes explodiram a mesquita medieval e seu característico minarete inclinado uma semana atrás, enquanto forças iraquianas apoiadas pelos Estados Unidos iniciavam o avanço em sua direção.

A bandeira preta dos extremistas estava hasteada no minarete Al-Hadba, "o corcunda", desde junho de 2014.

O primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, "deu instruções para levar a batalha à sua conclusão", informou seu gabinete.

A queda de Mosul marcaria efetivamente o fim da metade iraquiana do califado do Estado Islâmico, mas o grupo militante linha-dura ainda controlaria territórios ao sul e ao oeste da cidade. Sua capital na Síria, Raqqa, também está cercada pela coalizão liderada por curdos e apoiada pelos Estados Unidos.

O custo da batalha, entretanto, tem sido enorme. Em adição às mortes militares, estima-se que milhares de civis foram mortos no conflito.

Aproximadamente 900 mil pessoas, cerca de metade da população pré-guerra da cidade, fugiu da batalha, buscando abrigo em campos de refugiados ou com parentes e amigos, de acordo com grupos de ajuda.

Civis que ficaram presos na cidade sofrem com a fome e privações e correm risco de morte ou de lesões, e muitos prédios foram destruídos.

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