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Irã nega ter forças de combate na Síria

Declaração vem um dia após parceiros estrangeiros dos rebeldes terem exigido que Teerã retirasse seus combatentes do território sírio

Forças de segurança leais ao presidente da Síria, Bashar al-Assad, participam de exercício de campo em localização desconhecida (SANA/Reuters)

Forças de segurança leais ao presidente da Síria, Bashar al-Assad, participam de exercício de campo em localização desconhecida (SANA/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2013 às 09h01.

Dubai - O Irã negou nesta sexta-feira ter forças na Síria dando apoio ao Exército do presidente Bashar al-Assad, um dia após parceiros estrangeiros dos rebeldes que lutam contra o governo terem exigido que Teerã retirasse seus combatentes do território sírio.

"Os verdadeiros inimigos da Síria criam essas acusações para provocar as pessoas deste país", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Abbas Araqchi, segundo a televisão estatal iraniana.

Em reunião na Jordânia na quinta-feira, o grupo Amigos da Síria, formado por governos ocidentais e árabes, exigiu a retirada imediata da Síria dos combatentes iranianos e guerrilheiros do Hezbollah, do Líbano.

Eles estariam lutando ao lado do Exército sírio e de milícias leais a Assad na cidade de Qusair, perto da fronteira com o Líbano.

"Em resposta a uma pergunta sobre as acusações de que as forças iranianas e do Hezbollah estão presentes na Síria, Abbas Araqchi disse que as forças iranianas nunca estiveram e não estão presentes na Síria", disse a televisão estatal.

O Irã, um país muçulmano xiita, é o principal aliado de Assad e forneceu dinheiro, armas, inteligência e treinamento para as forças sírias contra uma revolta principalmente de muçulmanos sunitas, num conflito que já deixou mais de 80 mil mortos em dois anos.

A Rússia e os Estados Unidos estão tentando organizar uma conferência internacional de paz para acabar com a guerra. Moscou defende a participação do Irã, mas reservas ocidentais sobre a presença de Teerã já ameaçam inviabilizar a conferência.

O Irã defende eleições e reformas na Síria, mas não aceita o afastamento de Assad, dizendo que a solução para a crise não pode ser imposta de fora. Teerã acusa as nações ocidentais e árabes de armarem os grupos de oposição.

Analistas dizem que a perda do aliado sírio enfraqueceria a capacidade do Irã de ameaçar o inimigo Israel através Hezbollah.

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