Irã não deveria combater Estado Islâmico, dizem sírios
Para presidente da Coalização de Oposição Síria, Teerã tem alimentado violência ao fornecer armas a Bashar Assad e enviar soldados e conselheiros militares
Da Redação
Publicado em 24 de setembro de 2014 às 16h30.
Nova York - O líder da oposição política na Síria pediu que os Estados Unidos excluam o Irã da coalizão internacional que combate os militantes do Estado Islâmico .
Segundo Hadi al-Bahra, presidente da Coalização de Oposição Síria, Teerã tem alimentado a violência no país ao fornecer armas ao presidente Bashar Assad e enviar soldados e conselheiros militares.
Al-Bahra afirmou que a retirada das forças de segurança iranianas da Síria seria um passo importante no esforço militar e diplomático que tenta estabilizar o país árabe.
"Há um papel para [os iranianos] desempenharem. E esse papel é concordar em retirar totalmente suas forças e seus conselheiros da Síria, de volta ao Irã. Deixar de ser um aliado dos assassinos do povo sírio", disse o chefe da oposição.
"Depois disso, então poderemos começar a considerá-los como um agente para a paz."
Autoridades iranianas reconheceram o apoio do país a Assad, mas negaram terem enviado soldados da Guarda Revolucionária Islâmica à Síria. Teerã também afirmou ter promovido o combate mais agressivo contra o Estado Islâmico.
Bahra, de 55 anos, saudou o início dos ataques militares contra alvos do grupo extremista no norte e no oeste da Síria.
Mas ele advertiu que as operações poderiam falhar, ou poderiam beneficiar as forças de Assad, se os EUA e seus aliados não coordenarem seus esforços com a oposição moderada do país.
Fonte: Dow Jones Newswires.